Lula vai à China seguido por comitiva de empresários brasileiros

O presidente Lula (PT) vai viajar à China em 26 de março, onde participará de um grande evento empresarial na capital chinesa. Uma comitiva de 240 empresários brasileiros de diferentes setores também seguirá a Pequim para o evento.

Como será a viagem?

• Lula terá na China, no dia 28, sua primeira agenda oficial com encontros com autoridades na capital chinesa, Pequim. No dia 29, participa do evento empresarial e, no dia 30, visita Xangai;
• Nenhum empresário viajará no avião presidencial. Cada um arcará com os custos da própria viagem;
• Serão 90 representantes só do agronegócio. A informação é do ministério das Relações Exteriores. Também viajarão empresários do setor de tecnologia, inovação, construção, entre outras áreas não detalhadas pelo Itamaraty.
• O número da delegação é recorde, segundo o secretário do departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura, Daniel Costa Fernandes;
• Lula viajará acompanhado de ministros. O governo ainda não informou a lista oficial.
• Entre os políticos que também viajarão estão os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).

Por que a visita é importante?

• Lula será o primeiro mandatário a ser recebido pelo governo chinês após a crise causada pela pandemia, segundo o secretário de Ásia e Pacífico, embaixador Eduardo Paes Saboia;
• O objetivo é aprofundar a parceria estratégica global entre os dois países. Há uma série de acordos comerciais a serem fechados no país em setores como saúde, educação, finanças, indústria, ciência e tecnologia;
• Saboia diz ainda que haverá clima para uma "boa conversa" entre Lula e o presidente chinês sobre a guerra na Ucrânia. Antes de receber Lula, Xi Jinping visitará Vladimir Putin em Moscou. "Acredito que a visita [de Lula] ocorre num momento muito bom para essa conversa, mas os líderes são os líderes", afirmou Saboia. Apesar de crítico aos ataques russos, o Itamaraty tem assumido a postura de uma busca por acordo de paz entre os dois países. O Tribunal de Haia pediu hoje a prisão de Putin.