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Choro, bronca de Valdemar e sem Flávio: como foi o evento com Michelle

Colunista do UOL e do UOL, em Brasília

21/03/2023 13h14Atualizada em 21/03/2023 14h46

Michelle Bolsonaro tomou posse hoje na presidência do PL Mulher.

O que aconteceu

  • Os bastidores do evento, em Brasília, tiveram lágrimas, reclamações de Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, e uma ausência no palco: a do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
  • Flávio foi um dos primeiros a chegar ao espaço e recepcionou Michelle no Hípica Hall. No entanto, foi embora bem antes do início do evento.
  • Oficialmente, foi ao Senado defender um projeto seu na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). O PL altera a Lei 13.756 de 2018 para incluir a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação no destino da arrecadação das loterias.
  • Não é o primeiro episódio em que Flávio sai mais cedo de um evento com Michelle. No jantar do PL, em fevereiro, ele também alegou compromissos para deixar o restaurante pouco depois da chegada dela. O UOL apurou que ele se sente "apagado" em eventos com ela.
  • Carla Zambelli (PL) também faltou. Ela está afastada tratando uma úlcera gástrica.

No palco, apenas o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acompanhou a madrasta.

Valdemar se irritou com pedido para recomeçar. O cerimonial iniciou um vídeo com tradução simultânea em libras. Michelle se incomodou com o barulho no salão e pediu para que a apresentação fosse reiniciada porque achou que as pessoas não estavam prestando atenção.

Valdemar reclamou para assessores sobre o atraso no início do evento. "Não precisa [reiniciar], ninguém vai ouvir", disse o presidente do PL ao assessor. Ao ser informado de que era um pedido de Michelle, ele suspendeu a reclamação.

Michelle chora ao ver o marido. Logo depois do vídeo de apresentação, foi anunciado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entraria ao vivo numa transmissão online. Dos EUA, ele demonstrou emoção ao falar que era difícil estar longe da família. Nesse momento, Michelle chorou ao lado da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

michelle flores - Natanael Alves - Ascom/PL - Natanael Alves - Ascom/PL
Michelle Bolsonaro durante evento do PL Mulher
Imagem: Natanael Alves - Ascom/PL

Eduardo faz piada transfóbica. O filho 03 não discursou. Mas falou ao microfone ocorreu quando o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi chamado ao palco por Valdemar.

Em tom de chacota, afirmou: "Deputado Nikolas agora vai definir o que é uma mulher". Ele fez uma referência ao discurso transfóbico de Nikolas no plenário da Câmara.

Volta ou não volta? O senador Jorge Seif (PL-SC) disse que conversou com Bolsonaro nos últimos dias. Segundo o senador, ele pretende voltar dos EUA até o início de abril. Seif, porém, é um dos que defendem que uma permanência maior no estrangeiro. "Ele é o mentor, mas acho que não deveria voltar. Vão perseguir", afirmou.

Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, concorda. "Tem que baixar a fervura."

Valdemar definirá roteiro de viagens. O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), segundo vice-presidente da Câmara, disse que a previsão é que Bolsonaro e Michelle viajem pelo país a partir de junho. A ideia é que priorizem destinos em que Bolsonaro foi mais bem votado, mas a palavra final será do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto.

Sem demonstração de apoio. A organização do evento havia escalado a deputada Júlia Zanatta (SC) para ministrar um painel temático sobre violência contra a mulher. Interlocutores de Valdemar afirmaram que a intenção foi demonstrar apoio à parlamentar, após ter sido alvo de denúncias por ter postado uma foto com uma arma e fazer referência ao presidente Lula (PT). O bate-papo, contudo, foi cancelado.