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OPINIÃO

Josias: Há digitais de Torres em tudo que Bolsonaro fez para melar eleições

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/04/2023 09h46

A operação da Polícia Rodoviária Federal, que pagou mais agentes de folga em sedes onde Lula venceu, como revela reportagem exclusiva do UOL, reforça o envolvimento de Anderson Torres em todas as tentativas de Jair Bolsonaro em alterar o resultado das eleições, na avaliação do colunista Josias de Souza.

Vai se tornando cada vez mais evidente que Anderson Torres se tornou personagem central na elucidação desse esforço que Bolsonaro empreendeu para melar o resultado das eleições. Tudo o que diz respeito ao esforço do Bolsonaro tem uma digital do Torres. Solto ou preso, ele é um personagem central. Josias de Souza, colunista do UOL

Josias ressaltou a necessidade de reabertura das investigações da Polícia Rodoviária Federal sobre o caso por haver "indícios evidentes" de premeditação. Como a Polícia Federal também investiga o episódio, o colunista cobrou punições aos responsáveis.

Na PRF, a apuração sobre este episódio foi arquivada. Não há dúvida de que o caso é de desarquivamento. A PRF tem a obrigação de informar que providências irá adotar em relação a estes episódios escandalosos que estamos verificando. Todos os indícios apontam para uma premeditação, o que agrava o crime. Agora só falta punir. As evidências são muito eloquentes. Josias de Souza, colunista do UOL

Schwarcz: Michelle fala com ironia e acusa para tirar bomba do colo dela

Ao analisar as declarações de Michelle Bolsonaro sobre os móveis do Palácio da Alvorada, a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz criticou o discurso da ex-primeira-dama pelas ironias e por tirar qualquer responsabilidade dela e do marido na polêmica.

O casal Bolsonaro saiu com vários caminhões de mudança e sonegou informações, um gesto de camaradagem que se faz. Já Janja excedeu seus gastos. Sempre tenho receio dessa balança que equaliza tudo. É impressionante a forma como Michelle fala, com ironia e sempre acusando e tirando a bomba do seu colo. Lilia Schwarcz, historiadora e antropóloga

Schwarcz: Bolsonaro falar em Senado e não em Presidência revela passo atrás

Lilia Schwarcz vê "um passo atrás" de Jair Bolsonaro ao declarar sua intenção de disputar uma vaga no Senado em vez de se candidatar à Presidência em 2026. A historiadora repudiou o plano do ex-presidente e ressaltou que, além da grande possibilidade de ele se tornar inelegível, precisa encarar a Justiça pelos crimes que cometeu durante sua gestão.

O fato de Bolsonaro falar em Senado e não em Presidência revela um passo atrás e outra arquitetura nos nomes que se oporiam ao projeto do PT e das esquerdas. A chance de ele se tornar inelegível é real. Vamos ver como anda essa máquina do Estado e essa política brasileira que muitas vezes se pauta pela conciliação. A República tem que julgar Bolsonaro pelos seus crimes. Ele não pode ser premiado com um lugar no Senado. Lilia Schwarcz, historiadora e antropóloga

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