Ministro afastado do GSI terá de se explicar à Câmara na próxima quarta
O general Gonçalves Dias vai precisar comparecer a uma sessão da Câmara na próxima semana para dar explicações. Ele pediu demissão hoje do cargo de ministro do GSI após a divulgação de um vídeo onde supostamente orienta manifestantes nos atos de 8 de janeiro.
O que aconteceu
A presença do general na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados estava prevista para hoje na condição de convidado, mas ele apresentou atestado médico para faltar. A medida ocorreu depois da veiculação pela CNN dos vídeos do Planalto de 8 de janeiro.
Por conta da ausência de hoje, Dias foi convocado a comparecer na próxima quarta-feira (26).
A ausência foi comunicada uma hora antes da sessão começar, enfureceu os deputados da comissão e oposição e situação fecharam acordo para uma reunião extraordinária que definiu a convocação. Nesta condição, a presença do general é obrigatória e não opcional como acontece com convidados.
O descontentamento com Gonçalves Dias aumentou ao final da sessão, quando se soube que ele estava no Planalto concedendo entrevista ao Jornal Nacional, como revelou a colunista Carla Araújo.
O presidente da comissão, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) soube da informação pela imprensa e não escondeu a irritação.
Ele questionou como o ministro afastado estava doente para ir à Câmara e saudável para estar no Planalto. O deputado entende que o afastamento não libera o general de comparecer a sessão de quarta-feira da próxima semana.
Ele está ministro hoje e foi convocado nesta condição. Mesmo que haja uma exoneração, que haja uma demissão, que ele peça para sair ou que ele seja retirado, ele não perde a condição de convocado, declarou o presidente da comissão
As consequências do vídeo
A oposição aproveitou a ausência do ministro para afirmar que a CPMI se faz ainda mais necessária para esclarecer as invasões de 8 de janeiro. Há assinaturas suficientes e falta leitura do requerimento.
As imagens foram usadas pela oposição para fortalecer a narrativa de que Lula (PT) sabia das invasões e não fez nada para impedir. Gonçalves Dias deve ser pressionado por perguntas nesta direção na próxima quarta.
O atestado usado para não comparecer também foi questionado. O deputado Junio Amaral (PL-MG) disse que o documento médico deveria ser verificado.
Orlando Silva (PCdoB-SP) aliado do presidente Lula (PT) defendeu a convocação do ministro do GSI e acrescentou que ele não tem mais condições de continuar no cargo. A afirmação foi vista como preparação do terreno para demissão do general.
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