Eduardo Bolsonaro, Renan, Janones: os cotados e as estratégias para a CPMI
A instalação da comissão sobre as invasões de 8 de janeiro vai ocorrer na próxima quarta-feira (26) e governo e oposição estão escalando representantes e definindo as estratégias. Como sempre acontece no Congresso Nacional, existe a expectativa de que o Centrão seja o fiel da balança.
O time e a estratégia do governo
São esperados nomes como o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Omar Aziz (PSD-AM) e o deputado federal André Janones (Avante-MG). Aziz foi presidente da CPI da covid e Renan, o relator. Janones teve forte atuação nas redes sociais durante a eleição.
O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também teria manifestado intenção de participar. Ele foi vice-presidente da CPI da covid.
A estratégia inicial é fazer o caminho do dinheiro para chegar aos financiadores dos atos. Um deputado petista declarou que as pessoas identificadas até o momento pelas investigações não são as verdadeiras patrocinadoras dos atos golpistas.
O time e a estratégia da oposição
O PL, partido de Jair Bolsonaro, já sabe os deputados que farão parte da CPMI. O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi escolhido por conhecimento técnico. Ele foi diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
André Fernandes (PL-CE) é o outro nome que será indicado. Autor do requerimento da CPMI, ele é considerado detentor do direito de presidir a CPMI no entender do PL. Estas duas vagas foram definidas e a última a que o partido pode indicar ficou em aberto. O governo vai trabalhar para ele ser excluído da comissão.
Coube a Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidir se queria ou não participar. Ele topou. Irá para a CPMI como representante da família Bolsonaro. Outro fator que contou a favor dele foi a já ter experiência como parlamentar.
A estratégia da oposição é ressaltar a proximidade do general Gonçalves Dias com Lula (PT). Construída esta imagem de homem de confiança, será questionado se a falta de iniciativa durante a invasão foi combinada com o presidente. Discursos nesta direção já foram ouvidos no Congresso na última semana.
Centrão decisivo
A CPMI terá 16 senadores e 16 deputados a serem escolhidos pelos líderes de partidos e blocos. Governo e oposição não têm indicações suficientes para garantir o controle dos trabalhos. O direcionamento dos trabalhos será definido pelas indicações feitas por parlamentares de centro. Estes partidos estão divididos em dois grandes blocos.
Os líderes destes blocos afirmam que vão escolher pessoas independentes. Mas o governo não acredita em parlamentar independente e argumenta que sempre se escolhe um lado.
A intenção da situação é fazer os líderes dos blocos indicarem parlamentares alinhados com o Palácio do Planalto. Negociações definirão se este perfil governista vai prevalecer.
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