'Nenhum nome da base está vetado', diz Randolfe sobre comando da CPI do 8/1
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) minimizou a disputa pelo comando da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos atos de 8 de janeiro e afirmou que nenhum nome de partidos da base está vetado por Lula.
O que está em jogo?
O governo e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disputam espaço no comando da CPMI.
É o presidente da Casa que indica o relator da comissão, responsável por dar a linha da investigação.
Lira quer emplacar o nome do deputado federal Arthur Maia (União-BA), oposição aos governos do PT na Bahia.
O governo quer um nome mais alinhado ao Planalto, vindo do Senado.
Além de disputar espaço no governo, Lira trava um embate com o Senado por protagonismo.
Em entrevista ao jornal "O Globo", Lira cobrou a liberação de emendas e criticou o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), responsável pela articulação política.
O que disse Randolfe?
Randolfe Rodrigues afirmou em entrevista à Globo News que a investigação irá buscar responsabilizar os articuladores dos ataques de 8 de janeiro, incluindo parlamentares que tenham relação com a tentativa de golpe.
Nenhum nome dos partidos da base está vetado. Por isso que quem tem maioria tem a responsabilidade de dialogar com a maioria para ter a melhor solução possível.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso
Nenhum nome está descartado. Não está descartado o nome do deputado Arthur Maia, do deputado Fufuca (PP-MA), do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Assim como não está vetado o nome do senador Renan Calheiros (MDB-AL) ou do senador Omar Aziz (PSD-AM).
Os partidos que integram esse governo atuarão unitariamente nessa CPI. Porque esse governo foi vítima de uma tentativa de golpe em 8 de janeiro, assim como a democracia e a República.
Na verdade, nunca houve temor [com a criação da CPI]. O que existia é que nós temos uma agenda de Brasil a reconstruir, temos um país todo que foi devastado nos tristes e tenebrosos anos que passaram.
Banditismo cabe à polícia. O que aconteceu no 8 de janeiro foi a atuação de delinquentes e bandidos. Queríamos deixar somente a polícia cuidando disso, mas como houve resistência vamos a ela [à CPI].
Nós fomos vítimas. A CPI é uma oportunidade para responsabilizar agentes públicos, sobretudo parlamentares que articularam o 8 de janeiro.
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