Não é papel das Forças Armadas interpretar a Constituição, diz comandante
O comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, diz que não é papel das Forças Armadas atuar como um moderador dos 3 Poderes. Em entrevista ao Globo, ele também defendeu a desfiliação de militares de partidos políticos.
O que aconteceu:
Olsen diz que os militares "foram trazidos" para o contexto de um Brasil polarizado, mas que o papel das Forças Armadas não é interpretar a Constituição.
Ele também afirmou que militares da ativa têm prazo para se desfiliar de partidos políticos, "demonstrando atitude de boa-fé". Quem não atender ao pedido pode responder um processo administrativo.
Olhar o artigo 142 da Constituição e enxergar que as Forças Armadas poderiam ser um poder moderador é equivocado. As Forças Armadas não estão ali para discernir o que possa vir a ser um contencioso entre dois Poderes. O papel de interpretar a Constituição Brasileira não é das Forças. É do STF.
Representamos a instituição 24 horas por dia, sete dias por semana. Esses militares que se envolveram em manifestações, por exemplo, não é o fulano, mas é a Marinha, o Exército, a Força Aérea. Isso traz a Força para uma discussão e um contexto que não é próprio dela.
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