RS: Polícia quer saber quem decidiu deixar animais em loja da Cobasi
![Fachada de loja da Cobasi no shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, tirada em julho de 2018 Fachada de loja da Cobasi no shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, tirada em julho de 2018](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/40/2024/05/17/fachada-de-loja-da-cobasi-no-shopping-praia-de-belas-em-porto-alegre-tirada-em-julho-de-2018-1715998531143_v2_900x506.png)
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul instaurou inquérito para investigar as circunstâncias que levaram à morte dos animais deixados em uma unidade da Cobasi em Porto Alegre. O petshop confirmou, na sexta-feira (17), que os animais morreram afogados.
O que aconteceu
Delegada Samieh Saleh, da Dema (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente), disse ao UOL, nesta terça-feira (21), que os proprietários da unidade devem ser ouvidos ainda nesta semana. Representantes do Shopping Praia de Belas, onde o petshop está localizado, já prestaram depoimento.
Policiais da Dema, acompanhados do Ibama, bombeiros, Brigada Militar e da ONG Princípio Animal - que fez a denúncia -, foram até o petshop no domingo (19), mas não conseguiram entrar por causa do nível da água. "Tentamos identificar se teve responsabilidade de alguém, se alguém decidiu e como foi essa decisão de retirada ou não dos animais", afirmou a delegada.
Apesar da loja no subsolo ter ficado inundada, a delegada diz que o mezanino não foi atingido pela água. Os policiais voltarão ao local quando a água baixar.
Suspeitos podem responder por crime de maus tratos e ser condenados de 3 meses a 1 ano de prisão. Se houvesse cachorros ou gatos, explica a delegada, a pena podia chegar a 5 anos.
Em nota ao UOL, o Shopping Praia de Belas disse que comunicou a Cobasi em relação ao risco de "alagamento severo" da loja. O shopping ainda afirma que ofereceu toda assistência necessária para acesso ao local.
Já a Cobasi justificou que o petshop teve que ser deixado de forma emergencial, "seguindo as orientações das autoridades locais". "Foi garantido que os animais estivessem seguros e com o necessário para a sobrevivência até o retorno dos colaboradores que considerávamos ser breve. Mas a tragédia foi sem precedentes e, apesar das tentativas constantes da empresa nos últimos dias, não foi possível o acesso seguro à loja devido o nível da água".
Delegada informou que a Polícia Civil também instaurou inquérito sobre os animais deixados no petshop Bicharada, no centro de Porto Alegre. O proprietário da unidade prestou depoimento na manhã desta terça.
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