PF diz que retirou Renato de avião após ele recusar revista; deputado nega
Após falar em entrevista de forma aleatória de passageiros, a PF (Polícia Federal) emitiu uma segunda nota sobre o caso envolvendo o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR). A corporação agora afirma que o parlamentar teria se negado a fazer a revista no local indicado. Renato nega ter resistido e alega ter sido vítima de racismo.
O que aconteceu:
A polícia afirmou, em uma segunda nota, que foi acionada para auxiliar na "inspeção de passageiro que teria se recusado a se submeter a medidas adicionais de segurança". O caso ocorreu em 3 de maio no aeroporto de Foz do Iguaçu.
"Este teria se recusado a passar pelo procedimento no local indicado e se dirigido diretamente até a aeronave", segundo a PF.
Após a repercussão do caso, a PF disse que vai apurar possíveis "abusos ou falhas" na condução da revista.
Renato postou ontem o vídeo da inspeção: "Fui retirado do voo, porque aleatoriamente fui abordado". O agente da polícia, enquanto realizava o procedimento, respondeu a ele que "é aleatório, numa certa contagem, é o sistema que pede". "É o sistema", ironizou o deputado.
Na primeira nota enviada ao UOL, a PF disse que as inspeções são feitas de forma aleatória e que essa é uma de suas atribuições em aeroportos.
O que diz o deputado?
Renato reforçou que não se negou a passar pela revista: "Por que tentaram me constranger no avião?". Em vídeo publicado ontem, Renato narrou que foi retirado da aeronave após o embarque para uma inspeção "aleatória", conforme foi explicado a ele pela PF.
"Em todo o momento, Freitas esteve disposto a seguir todas as orientações dos funcionários, como os vídeos demonstram. Além disso, a nota também não menciona as câmeras de segurança do Aeroporto, que poderiam esclarecer o caso", disse o posicionamento enviado pela equipe dele.
"Apesar de não ter sido utilizado o equipamento sorteador, Freitas atendeu prontamente, sem nenhuma resistência. Por conta do embarque estar sendo encerrado, o deputado pediu à funcionária que avisasse a companhia aérea que ele logo chegaria, para que não perdesse o voo. Em resposta, a funcionária disse que não poderia realizar o pedido e se retirou", falou outro trecho da nota.
O gabinete do deputado afirmou que a "maior responsabilidade pelo constrangimento passado pelo deputado não é da Polícia Federal", mas dos Agentes de Proteção da Aviação Civil, que "devem ser responsabilizados por, mesmo sem qualquer indício, terem enxergado Renato como um potencial criminoso".
O UOL entrou em contato com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e aguarda resposta.
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