Topo

Esse conteúdo é antigo

MP do TCU pede investigação sobre depósitos em dinheiro vivo para Michelle

O ex-presidente Jair Bolsonaro e a esposa, Michelle, em evento do PL - ALOISIO MAURICIO/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-presidente Jair Bolsonaro e a esposa, Michelle, em evento do PL Imagem: ALOISIO MAURICIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

15/05/2023 15h16Atualizada em 15/05/2023 15h19

O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) entrou hoje com uma representação para apurar os depósitos em dinheiro vivo para a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, como revelou o UOL.

O que aconteceu?

Órgão pede que Corte de Contas investigue os indícios de irregularidades relacionados a pagamentos em espécie das despesas da ex-primeira-dama.

"A meu ver, fica evidente que o pagamento de despesas com 'dinheiro vivo' busca driblar o controle", diz o documento, assinado pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado."A utilização de dinheiro vivo, per si, não é ilegal, mas certamente causa suspeita, ainda mais em se tratando de possíveis recursos públicos."

Caso irregularidades sejam comprovadas, promotoria pede que agentes sejam responsabilizados e o dinheiro público, ressarcido.

PF identificou depósitos em dinheiro vivo de Cid para Michelle Bolsonaro

A Polícia Federal encontrou, em trocas de mensagens por WhatsApp, as imagens de sete comprovantes de depósitos em dinheiro vivo feitos pelo tenente Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, encaminhados a assessoras da ex-primeira-dama, como mostraram reportagens do UOL.

Repasses totalizam R$ 8,6 mil. De acordo com a investigação, os depósitos usavam um método comum nos casos de rachadinha: eram feitos de forma fracionada, em pequenos valores, para impedir o alerta aos órgãos de controle e a identificação de irregularidades.

Como os pagamentos foram em dinheiro vivo, não há a identificação da origem dos valores. O inquérito apura se os pagamentos seriam provenientes do desvio de recursos públicos do Palácio do Planalto.