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Governo envia ao Senado indicação do novo defensor público da União

Igor Roque terá que passar por sabatina no Senado e ser aprovado em plenário para ocupar o cargo - Geraldo Magela/Agência Senado
Igor Roque terá que passar por sabatina no Senado e ser aprovado em plenário para ocupar o cargo Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

19/05/2023 08h42

O governo Lula enviou ao Senado o nome de Igor Roberto Albuquerque Roque para chefiar a Defensoria Pública da União.

O que aconteceu

A indicação foi publicada hoje no Diário Oficial da União. Roque passará por sabatina na CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) e, se aprovada, sua indicação seguirá para o plenário do Senado.

Ele deverá substituir Daniel de Macedo. O atual chefe da DPU estava no cargo desde 2021 e havia sido escolhido para a recondução pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas Lula pediu ao Congresso a retirada da tramitação da indicação do nome. Internamente, Macedo era visto como apoiador do ex-presidente, mas negou ser bolsonarista e apelou aos colegas por apoio para se manter no cargo.

Quem é Roque?

É ex-presidente da Anadef (Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais) e chefe da DPU em Brasília. A indicação dele já era dada como certa, de acordo com a colunista do UOL Carolina Brígido. Segundo interlocutor de Lula, Roque tinha mais chances devido ao apoio de partidos e movimentos de esquerda.

Roque ficou em segundo lugar na lista tríplice, atrás de Macedo. Recentemente, foi divulgada nas redes sociais uma foto do indicado à chefia ao lado de Bolsonaro. Ele alegou que foi apenas uma foto protocolar, tirada depois de uma reunião do então presidente com membros da Anadef.

Ele defendeu Danilo Marques, um dos presos sob suspeita de ter hackeado celular de autoridades, entre elas o então ministro da Justiça, Sergio Moro, em 2019. Marques foi solto em 2020.

O que faz a DPU?

É o órgão responsável pela orientação jurídica e defesa dos direitos individuais e coletivos dos mais pobres.

A DPU atendeu mais de mil detidos após os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Pela lei, a defensoria é instada a atuar em casos criminais quando os presos não constituem advogado, independente da renda.