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Mensagens racistas vazam, e assessora parlamentar é investigada em SC

Supostas mensagens de cunho racista, homofóbico e xenofóbico teriam sido enviadas no grupo "Chapecó Somos Todos" - Reprodução/ Redes sociais
Supostas mensagens de cunho racista, homofóbico e xenofóbico teriam sido enviadas no grupo "Chapecó Somos Todos" Imagem: Reprodução/ Redes sociais

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/05/2023 21h52Atualizada em 26/05/2023 23h24

A assessora parlamentar Rosangela Colombi, de Chapecó (SC), teve vazadas mensagens de texto de teor racista e homofóbico atribuídas a ela e virou alvo do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).

O que aconteceu?

As mensagens teriam sido enviadas por Colombi, assessora parlamentar do vereador de Chapecó Valdemir Stobe (PTB), o Tigrão, em um grupo de WhatsApp descrito como "Chapecó Somos Todos". Integrantes do grupo confirmaram ao UOL que as mensagens seriam de autoria da suspeita e que não estavam marcadas como "encaminhadas".

"Não tenho nada contra negros, homo, e essas raças (sic) criadas pela esquerda. Eu só quero garantir o meu direito de ser branca, italiana", diz a mensagem.

O texto era uma reação a uma notícia do jornal Correio 24 Horas, da Bahia, que informava sobre a "nova cara" da medicina na UFBA (Universidade Federal da Bahia), com metade dos alunos cotistas e majoritariamente pretos ou pardos.

A chamada da matéria do jornal baiano dizia que a carga horária seria reduzida, pois boa parte dos alunos precisam trabalhar para se manterem.

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Capturas de tela circulam nas redes sociais e mostram o chat do grupo de Chapecó (SC)
Imagem: Reprodução/ Redes sociais

A Câmara Municipal de Chapecó confirmou que Rosangela é assessora parlamentar comissionada do vereador Valdemir, que também foi procurado, mas não retornou os contatos da reportagem. O salário líquido mensal de Rosangela é de R$ 5.330,99, segundo o Portal da Transparência da Câmara Municipal.

Procurada pelo UOL, Rosangela não atendeu as ligações, nem retornou as mensagens enviadas no WhatsApp para confirmar a autoria das mensagens e o pedido de manifestação sobre o assunto. Este espaço será atualizado tão logo haja manifestação.

O MPSC informou que a 40ª Promotoria de Justiça da Capital "tomou conhecimento de suposta troca de mensagens de cunho racista em aplicativo de mensagens em Chapecó e que irá apurar o caso".