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Rui Costa alfineta Padilha como negociador: Emendas e cargos não são comigo

Os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais - Reprodução
Os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais Imagem: Reprodução

Do UOL, em Brasília

31/05/2023 18h03Atualizada em 31/05/2023 18h03

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, rebateu as críticas feitas por deputados do centrão sobre a articulação política do governo e alfinetou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha: "Emendas e cargos não são na Casa Civil".

O que aconteceu?

Os deputados do centrão criticam a negociação política do Planalto no Congresso e cobram do governo mais empenho no pagamento de emendas parlamentares e nas nomeações para cargos estaduais.

Diante da pressão dos deputados, está travada a votação da MP (Medida Provisória) de reestruturação dos ministérios, que perde a validade amanhã e nem sequer foi ainda analisada na Câmara. Ela também precisa ser votada no Senado ou vai caducar.

Costa participou de uma comissão do Senado e falou aos jornalistas que, apesar das longas negociações, está confiante pela aprovação da MP.

Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, destacou que o texto não era exatamente o que o governo queria, mas o Planalto decidiu apoiar "do jeito que está".

Hoje Lula fez uma reunião de emergência com Padilha e Rui Costa (Casa Civil) sobre o assunto e a aprovação do marco temporal. A base aliada deu votos favoráveis à proposta, apesar de o Planalto ser contra.

Quais as alterações feitas na MP

O novo texto enfraqueceu as funções das pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública volta a responder pelo reconhecimento e pela demarcação de terras indígenas, em vez do Ministério dos Povos Indígenas.

Já o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas deixa de ser responsável pelo CAR (Cadastro Ambiental Rural), que estará vinculado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Também deixa de ser responsável pelos sistemas de saneamento básico, resíduos sólidos e recursos hídricos, que ficam a cargo do Ministério das Cidades.