'Não me sinto atingido', diz Lira sobre operação da PF que mirou auxiliar

O presidente Arthur Lira (PP-AL) disse, em entrevista à GloboNews hoje, que não se sente "atingido" pela operação da PF (Polícia Federal) que investiga um esquema de desvios em contratos de kits de robóticas. Um dos alvos dos mandados é um auxiliar próximo do parlamentar.

O que aconteceu:

Lira disse que não tem "nada a ver" com as suspeitas. "Eu não tenho absolutamente nada a ver com o que está acontecendo. Não me sinto atingido nem acho que seja provocativo".

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O presidente da Câmara não acredita que a ação da PF seja uma resposta do governo Lula (PT) à dificuldade imposta pelos deputados em pautas recentes, como a MP que manteve a estrutura dos ministérios.

O deputado também comentou a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, de liberar para julgamento um recurso da defesa de Arthur Lira (PP-AL) contra uma denúncia por corrupção passiva. "A nossa defesa há muito tempo já vinha alegando falta de justa causa. [...] Nós esperamos que o mais rápido seja pautado e votado. Não tenho dúvida que seja feita justiça nessa matéria".

Operação da PF:

Um dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF hoje é em endereço de um dos mais próximos auxiliares do presidente da Câmara, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

Luciano Cavalcante atualmente está lotado na Liderança do PP na Câmara e é conhecido em Brasília como uma das pessoas de maior confiança do político, que o acompanha em agendas diversas e viagens. A esposa de Luciano, Glaucia, também já foi assessora de Lira e aparece na investigação.

A PF investiga um esquema de desvios em contratos de kits de robóticas custeados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) no governo de Jair Bolsonaro (PL). As aquisições dos kit foram reveladas pela Folha em 2022.