PF mira grupo que fraudou verbas do FNDE e deixou prejuízo de R$ 8 mi em AL
Uma operação da Polícia Federal em Alagoas visa desarticular uma organização que fraudou licitação na educação do estado com dinheiro do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Os prejuízos com o sobrepreço de aparelhos robóticos adquiridos chegam a R$ 8,1 milhões.
O que aconteceu?
A fraude teria ocorrido na aquisição de "equipamentos de robótica" entre 2019 e 2022. A empresa alvo da operação é a Megalic, que pertence a Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda. O filho de Edmundo, João Catunda (PSD), é vereador de Maceió e ligado ao grupo político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Agentes da PF cumprem dois mandados de prisão temporária em Brasília e 27 mandados de busca e apreensão em diferentes estados: 16 em Maceió (AL), 8 em Brasília (DF), 1 em Gravatá (PE), 1 em São Carlos (SP) e 1 em Goiânia (GO), todos expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas.
Eram inseridas especificações técnicas para que concorrentes não fossem qualificados e apenas uma empresa ganhasse os processos, afirma a PF.
"As fraudes e superfaturamento geraram prejuízo ao erário de R$ 8,1 milhões e sobrepreço, com prejuízos potenciais de R$ 19,8 milhões", diz uma análise da CGU (Controladoria-Geral da União), cuja unidade regional também atua nas investigações.
Também há suspeitas de lavagem de dinheiro com origem em "atividades ilícitas".
A investigação identificou ainda que foram realizadas, pelos sócios da empresa fornecedora e por outros investigados, movimentações financeiras para pessoas físicas e jurídicas sem capacidade econômica e sem pertinência com o ramo de atividade de fornecimento de equipamentos de robótica, o que pode indicar a ocultação e dissimulação de bens, direitos e valores provenientes das atividades ilícitas."
Polícia Federal de Alagoas
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