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11 meses

Tales: Irritado, Lira diz que é alvo de ataque do governo e ameaça reagir

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/06/2023 09h01Atualizada em 06/06/2023 14h47

O colunista do UOL Tales Faria apurou que Arthur Lira (PP-AL) está irritado com as investigações da Polícia Federal sobre desvios em contratos de kits de robótica. O presidente da Câmara disse a aliados que deve reagir caso o governo não interfira no caso.

O cerco a Lira se apertou. Ele está muito irritado e, reservadamente, tem dito aos aliados que está sendo alvo de um ataque especulativo do governo. Ele já reclamou com o presidente da República e com o diretor da PF. Publicamente, ele diz que não se sentiu atacado com a revelação de envolvimento de seu assessor no caso dos kits de robótica. Tales Faria, colunista do UOL

No UOL News, Tales revelou que Lira pretende reagir ao que considera um "ataque do governo". O colunista contou que Lula já se articula para evitar um conflito com o presidente da Câmara e encontrar um meio-termo. Com uma base frágil no Congresso, o presidente teme que o caso o enfraqueça ainda mais.

Conforme falou aos aliados, Lira disse que 'não é homem de passar recibo', mas insiste: se Lula não estancar esse ataque, ele vai se ver obrigado a reagir. Aí precisaremos ter cuidado com o que vai no Congresso. O Lula está tentando administrar isso. Lira ainda tem um ano e meio no comando da Câmara e o Lula não quer briga com ele. Lira está cada vez mais irritado porque o cerco está montado. Tales Faria, colunista do UOL

Bergamo: Lula está disposto a fazer acordo com Lira, mas sem se entregar completamente

Diante da possibilidade de reação de Arthur Lira, Lula estuda uma forma de apaziguar os ânimos com o presidente da Câmara, como destacou Mônica Bergamo. A colunista da Folha de S. Paulo destacou que o presidente, porém, não deve fazer tantas concessões para não entregar ainda mais poder nas mãos de Lira.

Lira tem respaldo muito grande da Câmara e formou uma base sólida. Estamos em um momento no qual não se sabe se o vento vai virar de uma vez e onde vão dar essas investigações da Polícia Federal. Lula está disposto a fazer um acordo com Lira. O Lula sabe que, neste momento, isto é o melhor para o governo e lhe dar tranquilidade. Mas o presidente não está disposto a se entregar completamente e deixar o governo nas mãos do Arthur Lira. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo

Salles diz que não se sente traído por Valdemar e que não deixará o PL

Ricardo Salles (PL-SP) negou sentir-se traído por Valdemar Costa Neto, presidente do partido. O deputado federal anunciou sua desistência de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2024 após o partido sinalizar apoio à reeleição de Ricardo Nunes (MDB). Apesar da falta de apoio do PL, Salles afirmou que não deixará o partido.

Não me sinto traído por Valdemar, porque em momento algum ele disse que me daria a legenda. Mas acho a atitude deselegante, para dizer o mínimo. A bancada do PL foi feita majoritariamente com voto dos deputados bolsonaristas, com o voto da direita que ele está menosprezando. Hoje, o PL tem fundo partidário gigantesco de mais de R$ 1 bilhão graças à turma da direita. Ricardo Salles, deputado federal (PL-SP).

Tales: Comunismo morreu até na China, mas bolsonaristas insistem em mantê-lo vivo

Tales ironizou a reação temerosa dos bolsonaristas à visita de militares das Forças Armadas da China ao Exército brasileiro. O colunista destacou a importância das relações com o país asiático, principal parceiro comercial do Brasil, e reforçou a tese de que os apoiadores do ex-presidente criaram um "inimigo imaginário".

Os bolsonaristas estão chateados porque o Exército não aceitou participar do golpe que eles pediram na porta dos quartéis. Eles tentam manter o comunismo vivo, porque ele já morreu. Nem na China há comunismo; aquilo é um tipo de capitalismo autoritário. Os bolsonaristas mantém o comunismo vivo com esse desejo de criar um inimigo imaginário contra o qual eles lutam. É o mesmo que criar seres espaciais e chamá-los para dar o golpe no Brasil. Tales Faria, colunista do UOL

Tales: Programa de incentivo a carro popular não tem dimensão que Lula gostaria

Ao analisar o programa de incentivo do governo federal à produção e venda de carros populares, Tales foi cético. O colunista elogiou alguns pontos, como as compensações ecológicas, mas não vê o pacote de incentivos ter força suficiente para aquecer o mercado automotivo.

Está sendo tratado como uma coisa grandiosa, mas talvez não venha a ser tão grande assim e provoque essa movimentação toda. É um programa ambicioso, mas creio que não terá uma influência tão grande no mercado. Não imagino que esse programa terá a dimensão que o Lula gostaria que tivesse. Tales Faria, colunista do UOL

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