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Militar e dono de centro de treinamento: quem é Marcos do Val, alvo da PF

Marcos do Val foi alvo de uma operação da Polícia Federal - Pedro Ladeira/ Folhapress
Marcos do Val foi alvo de uma operação da Polícia Federal Imagem: Pedro Ladeira/ Folhapress

Do UOL, em São Paulo

15/06/2023 18h57Atualizada em 15/06/2023 19h38

Alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, nesta quinta-feira, Marcos do Val, de 52 anos, foi eleito senador pelo Podemos em 2018.

O UOL apurou que Do Val é investigado por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta de governo legalmente constituído, associação criminosa e divulgação irregular de informações confidenciais.

A assessoria do senador disse ao UOL que "Marcos do Val não vai se pronunciar ainda" e a assessoria do Podemos afirmou que não vai comentar a operação. O processo está em sigilo no STF.

Quem é o senador Marcos do Val?

Natural de Vitória (ES), Marcos do Val prestou serviço obrigatório no Exército Brasileiro no 38º Batalhão de Infantaria/ES e ficou famoso como instrutor na área de segurança pública, além de ser mestre em Aikido - arte marcial japonesa, desenvolvida em meados dos anos 30.

Em 1990, fundou a CATI (Centro Avançado em Técnicas de Imobilizações). A empresa diz oferecer cursos e treinar agentes da Swat (unidade especial da polícia americana), FBI (agência que investiga crimes federais norte-americanos) e outras corporações dos Estados Unidos.

Foi a partir da criação de sua empresa que Marcos do Val foi convidado a participar das gravações do longa brasileiro "Tropa de Elite", dirigido por José Padilha e Marcos Prado, auxiliando atores e figurantes na realização de exercícios de incursão em favelas.

Em seu site oficial, diz que também recebeu uma série de títulos como o de membro honorário da Swat de Beuamont, no Texas (EUA) e doutor honoris causa em artes marciais pela Universidade Erich Fromm World, na Flórida.

Ingressou na vida política em 2018. Candidatou-se ao Senado pelo PPS (Partido Popular Socialista) — que, posteriormente, mudou de nome, virando Cidadania —, e recebeu mais de 800 mil votos. Em 2019, se desligou do Cidadania e filiou-se ao Podemos, partido em que está até hoje.

Ocupou cargos importantes durante seu mandato como senador, como, por exemplo, na Mesa Diretora do Senado (1º suplente de secretário).