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Zanin defende inocência de Lula e cita anulação no STF por falha estrutural

Do UOL, em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo

21/06/2023 14h13Atualizada em 21/06/2023 14h13

Cristiano Zanin, sabatinado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado após ser indicado ao STF, disse que o presidente Lula (PT) foi absolvido após uma "falha estrutural" da Justiça que não permitiu, segundo ele, um julgamento imparcial.

O que ele disse?

Zanin voltou a defender a imparcialidade na Justiça após ter respondido questões sobre a Lava Jato. A atuação do advogado como defensor de Lula nos processos da operação foi um dos focos dos senadores, especialmente os de oposição.

O presidente Lula foi absolvido em diversas instâncias, em diferentes juízos e no STF. Também no STF foram anulados processos em razão de uma falha estrutural, que era a ausência de um julgamento imparcial, ausência de coleta de elementos e de julgamento por um juiz imparcial".

"Esses processos talvez sequer deveriam ter existido", complementou. Em resposta ao senador Magno Malta (PL-ES), que questionara se Lula poderia ser considerado um "descondenado", Zanin afirmou que o que prevalece é o resultado da mais alta instância —nesse caso, a anulação das sentenças devido às falhas "estruturais" apontadas anteriormente.

Como está a sabatina?

Votação foi aberta após três horas. Cristiano Zanin continua a responder os questionamentos dos senadores enquanto eles se dirigem a uma urna externa para votar, de forma secreta, se aprovam ou não a indicação ao STF.

O advogado negou "rótulos". Além da alusão ao seu período atuando na Operação Lava Jato como advogado de Lula, de quem é amigo, Zanin também fez referência aos casos em que defende empresas, como a Americanas no processo de recuperação judicial.

Zanin disse não acreditar que a "etiqueta da Lava Jato" o torne automaticamente suspeito. O advogado distinguiu casos em que se tornará impedido —os que ativamente atuou como advogado da causa— de casos passíveis de suspeição, um conceito mais subjetivo que considera a proximidade de um ministro ao assunto.