Twitter não indica contas com conteúdo golpista à CPI: 'Desafio técnico'
O Twitter alegou "desafio técnico-operacional sem precedentes" e não informou à CPMI do 8 de janeiro quais foram as contas suspensas da plataforma por conteúdos golpistas.
O que disse o Twitter:
A plataforma disse que as demandas de informações apresentadas pelo deputado Duarte Júnior (PSB-MA) são "excessivamente amplas e genéricas" e representariam um desafio técnico-operacional "sem precedentes" e uma "tarefa descomunal".
"Fornecer todas as informações na forma como requeridas representaria evidente desafio técnico-operacional na produção e fornecimento de um volume de dados e informações sem precedentes em toda a operação global da empresa. O Twitter é uma plataforma de alcance global, com milhões de usuários e uma enorme quantidade de atividade ocorrendo diariamente", diz o ofício.
O requerimento apresentado pedia uma relação de "todas as contas excluídas pela plataforma, dos respectivos dados utilizados para o cadastro da conta e o motivo para a exclusão no período de 01/10/2022 a 25/05/2023".
Além disso, foi solicitada a identificação dos perfis verificados que tiveram conteúdo relacionado aos atos ocorridos no dia 12/12/2022 e 08/01/2023 removidos ou restringidos, informando qual foi a postagem que gerou tal punição", além de um relatório sobre denúncias recebidas pelo Twitter no mesmo período.
A plataforma apresentou um balanço parcial, dizendo que removeu quase 1,3 mil tweets considerados irregulares pela Justiça Eleitoral e reteve 41 contas de usuários da plataforma.
Para que se tenha ideia, somente no Brasil, durante o período de 10/01/22 a 31/01/23, as operadoras do Twitter receberam mais de 112 mil denúncias. Todas essas denúncias foram analisadas pelas operadoras do Twitter que, buscando garantir a segurança e a integridade da plataforma, adotaram as providências cabíveis com relação a cada uma delas.
Twitter, em resposta à CPI
Registros dos últimos 6 meses
O Twitter também ressaltou que somente é obrigado a armazenar registros de acesso dos últimos 6 meses e que, por isso, "o provedor que não coletar dados cadastrais de seus usuários fica desobrigado de fornecê-los, quando requisitados por autoridade competente".
No texto, a plataforma também esclarece que não "endossa, relativiza e muito menos defende" conteúdos e condutas violentas e antidemocráticas publicados no site e explicou que a CPMI deveria indicar URLs específicas de postagens ou perfis para que seus funcionários "possam localizá-los e prestar informações no âmbito desta investigação". No ofício, os advogados explicam como estes dados podem ser levantados.
.O Twitter Brasil está ciente da sensibilidade da situação tratada in casu e repudia veementemente quaisquer atos dessa natureza, em especial aqueles cometidas no episódio sob investigação
Ofício enviado pelo Twitter à CPMI
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