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Falta foco à CPI do 8/1 e Arthur Maia falha na condução, diz Contarato

Do UOL, em São Paulo

26/06/2023 13h02

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) fez críticas ao encaminhamento da CPI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro e à postura do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) durante a sabatina de Cristiano Zanin. Ele foi o convidado de hoje do UOL Entrevista, apresentado por Leonardo Sakamoto e com participação do colunista Josias de Souza.

O líder do PT no Senado criticou a condução da CPI do 8 de janeiro pelo presidente Arthur Maia (União-BA). Para ele, a comissão deveria seguir à risca o plano de trabalho apresentado pela relatora, Eliziane Gama (Cidadania-MA).

Essa crítica à desconexão do andamento da CPI tem mais relação com o presidente do que dos membros ou da relatoria. Nós aprovamos o plano de trabalho, que tem requisição de documentos e uma cronologia dos fatos, e que, infelizmente, não está sendo cumprido."

Eu não quero chegar ao ponto de atribuir essa responsabilidade a um ato deliberado dolosamente, eu prefiro acreditar que talvez seja pela inaptidão ou forma que está sendo conduzida."

Atestado do Coronel da PM Jorge Eduardo Naime

O senador comentou a notícia de que o coronel da PM do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime apresentou um atestado médico e não comparecerá ao depoimento marcado para hoje na CPI.

Eu não estou aqui para questionar. Se houver qualquer dúvida, as instituições de fiscalização têm que ser convocadas para falar se o documento é verossímil, se foi ou não fraudado."

Contarato fez críticas ao andamento da comissão e defendeu que as investigações precisam de foco.

Como você vai ouvir uma pessoa, se você não teve acesso aos documentos? Se houve quebra de sigilo ou requisição de documentos, primeiro nós temos que ter acesso a essa documentação, analisarmos e então marcamos a oitiva. Porque senão vamos ficar repetindo determinados movimentos procedimentais."

Discussão com Moro durante sabatina de Zanin

O senador também falou sobre o embate que teve com o senador Sérgio Moro (União-PR) durante a sabatina de Cristiano Zanin no Senado Federal para a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal.

A indicação de um ministro ao STF é uma prerrogativa do presidente da República e é óbvio que ela guarda, em maior ou menor grau, uma escolha pessoal. O momento de uma sabatina é para extrair do candidato se ele preenche os requisitos de conduta ilibada e notório saber jurídico."

Você querer desqualificar um candidato sob uma possível contaminação a uma suspeição, para quem violou o que é mais sagrado dentro do processo penal, que sai do cargo de juiz para integrar o governo daquele que ajudou a eleger, é muito grave."

Confira a íntegra do UOL Entrevista