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CPI do 8/1: Coronel da PM envia atestado médico; comissão reavalia laudo

Do UOL, em São Paulo

26/06/2023 11h11Atualizada em 26/06/2023 13h42

O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento Operacional da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal), apresentou um atestado médico à CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro e para não prestar depoimento hoje, como estava marcado.

O que aconteceu?

O atestado foi recebido hoje pela secretaria da CPMI, que informou à presidência da ausência do depoente. Ele é esperado às 14 horas no Senado Federal.

A justificativa médica é de que o coronel estaria com "quadro depressivo".

Horas após o envio do atestado, a CPMI decidiu reexaminar o documento apresentado pelo coronel. Ele passa por avaliação da junta médica do Senado para avaliar se ele tem condições de depor e a sessão para ouvi-lo, por enquanto, está mantida.

Se Naime não for prestar depoimento, a sessão deve ser aberta e logo encerrada, informou a assessoria da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI.

Ainda não há confirmação se o coronel será convocado novamente para depor. A decisão virá do presidente da CPMI, o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA).

Moraes havia permitido silêncio de coronel no depoimento

Moraes havia negado um pedido da defesa do coronel, que queria assegurar que ele não fosse ao Senado para não sofrer "constrangimentos". Ele havia sido convocado na condição de testemunha, não investigado.

O ministro assegurou que o coronel pudesse ficar em silêncio para questões com potencial de incriminá-lo. Também foi concedida autorização para que o coronel consultasse seus advogados a qualquer momento do depoimento.

Naime Barreto seria ouvido sobre a tentativa de invasão à sede da Polícia Federal em Brasília em 12 de dezembro do ano passado — isso porque os fatos a serem considerados têm início desde o fim do segundo turno das eleições. O requerimento para ouvir o coronel é de autoria relatora da CPMI, Eliziane Gama.

O coronel está preso desde fevereiro por suspeita de omissão antes e durante as invasões às sedes dos Três Poderes após ter sido afastado do Departamento Operacional da PM-DF no dia 10 de janeiro.