Bolsonaro inelegível: adversários e aliados reagem à decisão do TSE
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que "a democracia venceu" e que o julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível deixa "importantes mensagens". Por outro lado, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que a decisão é uma "injustiça".
O que aconteceu:
Para Dino, a democracia brasileira venceu o que foi "o mais duro teste de estresse das últimas décadas": "Mentir não é ferramenta legítima para o exercício de uma função pública", escreveu.
Valdemar Costa Neto, por sua vez, criticou a decisão contra "o maior líder popular desde a redemocratização". Ele também disse acreditar que a punição irá movimentar os eleitores e que isso será "registrado nas eleições de 2024 e 2026".
Jair Bolsonaro é o terceiro ex-presidente do Brasil a se tornar inelegível após a redemocratização. É ainda o primeiro condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que formou maioria entre os ministros com essa decisão.
O ex-presidente fica inelegível por oito anos e, se não houver recursos favoráveis, só voltará a poder disputar uma eleição em 2030.
Aliados e adversários reagiram à decisão
O ministro Silvio Almeida disse que o dia de hoje foi "memorável" e que o TSE tornou inelegível "um homem que jamais soube respeitar o cargo que ocupou". Para o chefe dos Direitos Humanos, com a decisão, "o Brasil respira".
A ministra Simone Tebet (MDB) disse que o TSE "fez justiça" e ressaltou que a democracia é "inegociável".
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que Bolsonaro "fez um passeio completo pelo crime", com casos "comum, eleitoral e de responsabilidade": "A maioria do TSE pela inelegibilidade mostra que não é pauta da política, mas da polícia", escreveu.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a decisão "tem uma enorme força didática". Segundo ela, o Tribunal "condenou os métodos da extrema-direita".
O tribunal condenou os métodos da extrema-direita, como a disseminação industrial de mentiras, as ameaças à democracia, o uso da máquina pública pra perseguir adversários e prevalecer na disputa eleitoral. A defesa da democracia e o enfrentamento ao fascismo permanecem na ordem do dia.
Gleisi Hoffmann
O ex-candidato à Presidência Ciro Gomes afirmou que a justiça foi feita: "Bolsonaro inelegível por império da lei", escreveu no Twitter.
O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), enviou uma mensagem de apoio ao ex-presidente e disse que a liderança de Bolsonaro é "inquestionável e perdura" como representante da direita brasileira.
Walter Braga Netto criticou o julgamento e a decisão do TSE, dizendo que invalidou a "prerrogativa de milhões de brasileiros de escolher democraticamente seu representante". Vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022, o general foi absolvido pela Corte.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) enviou uma mensagem de solidariedade a Bolsonaro: "Vamos continuar unidos em torno dessas ideias, que são um legado para as futuras gerações", disse.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que a decisão é uma vitória do "sistema", sem explicar o que quis dizer.
A deputada Carla Zambelli afirmou que Bolsonaro deixou sementes que não vão desaparecer na política
Já o deputado federal Mario Frias (PL-SP) publicou um vídeo questionando "qual foi o crime" de Bolsonaro. Ele disse que terá dificuldade de explicar o caso aos filhos no futuro: "Como vou ensinar para os meus filhos que o crime não compensa?", pergunta.
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