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Em eventos de Lula no RS, militância grita 'inelegível' contra Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo

30/06/2023 15h37Atualizada em 30/06/2023 18h14

Apoiadores de Lula comemoraram a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível, e gritaram durante os dois eventos do presidente no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (30).

O que aconteceu:

"Inelegível, inelegível", gritaram os militantes no momento da decisão e horas mais tarde também. Lula ainda não havia discursado quando os gritos aconteceram nas duas oportunidades.

Primeiro, o presidente participou, ao lado do governador Eduardo Leite (PSDB), de solenidade do programa Minha Casa, Minha Vida, em Viamão (RS). Foram 446 unidades habitacionais entregues, que beneficiarão 1.784 pessoas com renda familiar mensal de até R$ 2.640.

O presidente disse que comparecer a eventos é muito importante e que iria até à inauguração "de uma fábrica de palito de dente". "Você não pode ficar dentro do Palácio, porque dentro do Palácio não tem notícia boa", afirmou.

Depois, Lula participou da inauguração dos novos blocos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A obra ampliou em 70% a estrutura física da instituição, chegando a um total de 230 mil m².

O presidente garantiu que "é possível a gente fazer mais hospital como esse em outras regiões do país".

"Muitos que estão neste evento hoje não eram nascidos quando promulgamos o SUS na Constituição de 1988. Naquele momento, estávamos fazendo algo que nenhum país com mais de 100 mil habitantes tinha feito, universalizar a saúde", disse.

Quando eu venho inaugurar um hospital em um centro de excelência de uma universidade federal, a gente começa a perceber o tamanho do país que estamos construindo. Não há nada que nos impeça de construir um Brasil mais rico, mais prospero e melhor".
Presidente Lula

Decisão do TSE contra Bolsonaro

Jair Bolsonaro é o terceiro ex-presidente do Brasil a se tornar inelegível após a redemocratização. É ainda o primeiro condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que formou maioria entre os ministros com essa decisão.

A ação contra Bolsonaro foi movida pelo PDT e julgada pelo TSE. Os juízes entenderam que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e fez uso indevido dos meios de comunicação.

O ex-presidente fica inelegível por oito anos e, se não houver recursos favoráveis, só voltará a poder disputar uma eleição em 2030.