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Após Bolsonaro ficar inelegível, Mourão diz que TSE 'cassa vontade popular'

17.mar.2019 - Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao lado do ex-vice, general Hamilton Mourão (Republicanos) - Alan Santos/Presidência
17.mar.2019 - Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao lado do ex-vice, general Hamilton Mourão (Republicanos) Imagem: Alan Santos/Presidência

Do UOL, em São Paulo

30/06/2023 15h21Atualizada em 30/06/2023 15h35

Ex-vice-presidente da República, o senador Hamilton Mourão (Republicanos) criticou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e afirmou que a Corte Eleitoral "se notabiliza por cassar a vontade popular".

O que aconteceu:

A declaração ocorre após o TSE tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, a contar das eleições de 2022. O placar ficou em 5 a 2 contra o ex-mandatário — os ministros Kassio Nunes Marques e Raul Araújo foram contra a inelegibilidade.

Ele comparou a decisão dos magistrados com o que ocorreu com o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos), que teve o registro de candidatura derrubado e o mandato cassado pela Corte Eleitoral em maio. A decisão contra Deltan ocorreu em razão da Lei da Ficha Limpa.

O político ainda compartilhou a frase "Oh, Tempora, Oh Mores", em latim, que se traduz como "Oh, os tempos! Oh, os costumes". Ela teria sido dita por Cícero, estadista, orador e filósofo romano.

A decisão do TSE

Jair Bolsonaro é o terceiro ex-presidente do Brasil a se tornar inelegível após a redemocratização. É ainda o primeiro condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que formou maioria entre os ministros com essa decisão.

A ação contra Bolsonaro foi movida pelo PDT e julgada pelo TSE. Os ministros entenderam que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e fez uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022. Ele perdeu o pleito para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-presidente fica inelegível por oito anos e, se não houver recursos favoráveis, só voltará a poder disputar uma eleição em 2030.