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Petistas veem justiça com Bolsonaro inelegível, mas evitam comemorar

Do UOL, em Brasília

01/07/2023 22h41Atualizada em 02/07/2023 11h51

Ministros e interlocutores do presidente Lula (PT) caracterizaram como um ato de justiça a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, evitaram mostrar que estão comemorando a sentença.

O que aconteceu

O discurso de citar a decisão da Corte eleitoral como um ato de justiça está alinhado com declarações do próprio Lula, que neste sábado afirmou que Bolsonaro é um "problema da Justiça", e não seu ao ser questionado sobre a inelegibilidade do ex-presidente.

Ministros e políticos próximos a Lula falaram durante o evento "Arraiá do PT", uma festa junina organizada pelo partido, em Brasília, na noite de hoje.

O presidente Lula havia confirmado presença na festa, o que aumentou a procura por ingressos. No entanto, cancelou a ida na noite do evento após sentir desconforto em uma das pernas, na qual enfrenta um problema no fêmur. Por recomendação médica, Lula decidiu se resguardar para participar na manhã de domingo (2) de uma caminhada em Salvador (BA).

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi questionada se a festa ficaria mais animada diante da inelegibilidade de Bolsonaro, mas disse que a celebração seria apenas pela democracia.

Foi pedagógica e educativa [a decisão do TSE]. A extrema direita tem que saber que para participar tem que ser no processo democrático. A festa do partido hoje celebra a democracia. Nós lutamos muito para que as instituições fossem fortes e pudessem prevalecer.
Gleisi Hoffmann, deputada federal

Assim como Lula, o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, citaram a palavra justiça ao falar de Bolsonaro.

Foi feito justiça.
Paulo Pimenta

Esse é um tema que é um assunto de Bolsonaro e a Justiça. Bolsonaro não tem currículo, tem folha corrida. Ele está se encontrando com a Justiça, com os crimes que ele cometeu. É apenas um crime que ele foi julgado.
Márcio Macedo

Já o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que a inelegibilidade de Bolsonaro foi "merecida" e "é pouco".

Ingressos de R$ 300 a R$ 5.000

A festa junina do PT pretendia arrecadar mais de R$ 500 mil em ingressos. A meta "com certeza" foi batida, segundo a secretaria de Finanças do PT, Gleide Andrade.

1º.jul.2023 - Quadrilha na festa junina do PT, realizada em Brasília - Leonardo Martins/UOL - Leonardo Martins/UOL
1º.jul.2023 - Quadrilha na festa junina do PT, realizada em Brasília
Imagem: Leonardo Martins/UOL

Outros integrantes do governo também compareceram ao evento, entre eles, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o fotógrafo oficial do presidente, Ricardo Stuckert. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também esteve na festa.

Ministros, como Paulo Pimenta e Márcio Macedo, foram paparicados por apoiadores que pediram selfies.

Comidas típicas foram disponibilizadas para todo público pagante. Havia pastel, cachorro quente, caldos, tapioca, espetinhos e outras comidas típicas. Bebidas, de sucos a vinhos, também estavam disponíveis.