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Dino fala em 'suposto cristão' e cita punição judicial após fala de Valadão

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino - Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Colaboração para o UOL, em Salvador

04/07/2023 13h53Atualizada em 04/07/2023 14h02

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou um tuíte hoje em que, sem citar nominalmente o pastor André Valadão, critica o que chamou de "suposto cristão" e defendeu punição judicial.

O que aconteceu:

Dino escreveu que ele teria, no mínimo, dois problemas: com Jesus Cristo e com a Justiça.

"Primeiro, com Jesus Cristo, que pregou amor, respeito, não violência contra pessoas. 'Amar ao próximo como a si mesmo', disse Jesus. Segundo, com as leis, e responderá por isso", escreveu o ministro.

Incitação de crime:

Líder da Igreja Batista da Lagoinha, Valadão insinuou que evangélicos deveriam matar pessoas LGBTQIA+. As falas ocorreram no domingo (2) em um culto realizado na cidade de Orlando, nos Estados Unidos, e transmitido nas redes sociais.

"Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, 'já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso', agora tá com vocês", afirmou Valadão. "Não entendeu o que eu disse? Agora, tá com vocês! Deus deixou o trabalho sujo para nós", completou.

Diante da repercussão negativa, o pastor alegou que a declaração não diz respeito a morte, mas, sim, a uma mudança de comportamento: "Nunca será sobre matar pessoas, Deus nos livre deste terrível pecado, violência ou discriminação, mas sobre a liberdade de viver o que crê. A série Censura Não é sobre isso, e a cada dia que passa vemos leis, mídias, educação e um sistema mundial tentando ecoar a verdade da fé que um cristão genuíno carrega".

Após manifestações do senador Fabiano Contarato (PT- ES) e da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), o Ministério Público Federal anunciou que apura possíveis crimes de homofobia e transfobia pelo pastor André Valadão.