Bolsonaro cita comunismo e pede voto contra a reforma tributária
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou uma nota se manifestando contra a reforma tributária. O plenário da Câmara iniciou a discussão da PEC (proposta de emenda à Constituição) sobre o tema na noite de ontem e deve voltá-la hoje.
O que aconteceu:
Bolsonaro divulgou a mensagem no grupo do PL no Telegram e depois no Twitter. Nela, o ex-presidente faz críticas ao PT e diz que, se fosse deputado, votaria "contra tudo que viesse" do partido. Ele também cutucou o presidente Lula (PT), que declarou na semana passada ter orgulho de ser chamado de "comunista".
O ex-presidente não cita nenhum argumento técnico para refutar a reforma. Ele recorreu ao discurso usado na sua campanha à reeleição de que o "o partido [PT] não se preocupa com povo e com a família, não respeita a propriedade privada, defende bandidos e desarma o cidadão de bem".
Em um trecho da mensagem, Bolsonaro se dirige aos deputados e pede que eles votem contra a reforma. O UOL apurou que o ex-presidente mandou ontem mensagens de áudio "indignado" para deputados bolsonaristas.
A todos aqueles que se elegeram com nossas bandeiras de 'Deus, Pátria, Família e Liberdade', peço que votem contra a PEC da Reforma Tributária.
Jair Bolsonaro
Bolsonaro quer que o PL feche questão contra a reforma tributária, o que obrigaria os deputados a votarem contra, mas há um debate interno no partido sobre o que fazer. A bancada defende que a legenda deixe a questão em aberto.
Essa é a segunda nota que Bolsonaro divulga contra a reforma. Na primeira, ele dizia que o "PT aumenta de forma absurda os impostos da cesta básica", o que vem sido negado por especialistas.
Irritação com Tarcísio de Freitas
O ex-presidente não aprovou a fala do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a favor da reforma. Ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Tarcísio declarou concordar com "95% da reforma". Em um vídeo divulgado por seu partido, ele diz que a medida é a "alavanca" para o país crescer. O governador foi o principal negociador do grupo de governadores e prefeitos que se reuniu ontem em Brasília para articular a votação.
Os dois aliados se reuniram hoje para tratar sobre o assunto na sede do PL em Brasília. Tarcísio disse ontem que ia conversar com o ex-presidente para apresentar os pontos positivos da proposta.
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