'Me referia ao extremismo golpista', diz Barroso em nota após declaração
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, se manifestou após a repercussão da declaração feita durante congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) ontem. Ele disse que se referia "ao extremismo golpista".
O que aconteceu:
Barroso disse que ao afirmar que "derrotamos o bolsonarismo" se referia aos extremistas que invadiram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, e que este grupo representa uma "minoria".
O ministro também afirmou que nunca quis ofender os eleitores que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou criticar conservadores. A fala gerou críticas e causou polêmica.
Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-Presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas.
Ministro Luís Roberto Barroso
O que ele disse
Em vídeos publicados na internet, o ministro relembrou a época da ditadura e disse que um "longo caminho" foi percorrido "para que as pessoas pudessem se manifestar de qualquer maneira que quisessem".
"Em 1964, houve um golpe de Estado cujo presidente foi destituído por um mecanismo que não estava na Constituição. Só ditadura fecha Congresso, só ditadura cassa mandatos, só ditadura cria censura, só ditadura tem presos políticos", afirmou.
Ele também fez referência aos atos golpistas de 8 de janeiro. "Mais recentemente conseguimos resistir a um golpe de Estado que estava a caminho, portanto, temos compromisso com a história, com a verdade plural e com a obrigação de fazer um país melhor e maior".
O ministro gerou reações quando disse que "derrotamos o bolsonarismo".
Essa é a democracia que conquistamos. Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas
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