Ministros de Lula defendem mudanças na Esplanada por apoio no Congresso

Os ministros Simone Tebet (Planejamento) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) afirmaram hoje em São Paulo que mudanças na Esplanada visam ajudar o governo Lula (PT) a obter maioria no Congresso para aprovar projetos.

O que aconteceu

Tebet (MDB) disse ser preciso "sentar com quem pensa diferente e quer fazer parte do governo". Lula vem enfrentando pressão de partidos do centrão para ceder ministérios e cargos no governo federal em troca de apoio político.

Já Macêdo afirmou que as reivindicações [de partidos aliados por mais espaço nos ministérios] são naturais e que a decisão é do presidente. Pressionado pelo União Brasil, Lula confirmou ontem o nome do deputado Celso Sabino no Turismo no lugar da também deputada Daniela Carneiro, que pediu para deixar o partido

Declarações foram dadas durante última plenária estadual do PPA (Plano Plurianual), em São Paulo. As ministras do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSOL) e dos Esportes Ana Moser (sem partido) e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida (sem partido) são algumas das autoridades presentes no Memorial da América Latina.

PPA reúne metas de médio prazo do governo. Junto com Leis de Diretrizes Orçamentárias e de Orçamento Anual, instrumento orientará elaboração e desenvolvimento de políticas públicas entre 2024 e 2027. O governo federal realizou plenárias em todos os estados e deve encaminhar a proposta do plano ao Congresso em 31 de agosto.

Moradia popular foi um dos temas mais citados nas plenárias estaduais do PPA. Bolsas para estudantes universitários e criações de novos cursos de ensino superior também foram tópicos lembrados, segundo os ministros. Saúde, educação e meio ambiente foram temas recorrentes nas mais de 7.000 de propostas reunidas até o momento.

Sobre a reforma tributária, Tebet (MDB) disse acreditar que exceções atrapalham a proposta e devem ser avaliadas. Segundo a ministra, privilégios para setores específicos tornam alíquota final dos impostos maior para todos. Ela afirma que a questão deve ser debatida pelo Senado, que analisa o texto após aprovação na Câmara.

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