Advogado nega que vídeo de confusão com Moraes entregue à PF tenha edição
A defesa dos suspeitos de agredirem o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou que as imagens fornecidas por eles tenham sido editadas.
O que aconteceu:
O advogado Ralph Tórtima Filho disse que o vídeo foi entregue na íntegra à Polícia Federal e que o material tem mesmo apenas 10 segundos. A informação da Rádio CBN é de que a PF teria solicitado a íntegra para realizar uma perícia.
O defensor de Roberto Mantovani Filho, Andréa Mantovani e Alex Zanatta, argumentou que o cliente começou a gravação após algum tempo: "Estivesse Alex filmando antes, o mesmo apareceria com o celular mas mãos nas fotografias tiradas pelo ministro Alexandre de Moraes", argumentou.
"O vídeo foi fornecido na íntegra. Conforme esclarecido em seu depoimento, Alex Zanatta disse que deu início às filmagens quando o Ministro Alexandre de Moraes chegou, vindo de dentro da sala VIP, e passou a fotografá-los. Estivesse Alex filmando antes, o mesmo apareceria com o celular nas fotografias tiradas pelo Ministro Alexandre de Moraes. Essa é uma prova incontroversa de que a gravação foi entregue sem cortes ou edição", diz a nota da defesa.
Depoimentos à PF
Em depoimento à PF, Roberto Mantovani admitiu que houve um "entrevero", mas negou ter empurrado o filho do ministro. Mantovani, a esposa Andreia Munarão e o filho deles, que teria tentado impedir as agressões, prestam depoimento hoje à Polícia Federal em Piracicaba (SP).
O depoimento do empresário teve cerca de duas horas de duração. Conforme o advogado, Mantovani disse à PF que "jamais proferiu qualquer ofensa direcionada ao ministro", que o contato inicial com Moraes foi "visual" e que, "em um segundo momento", teria ocorrido o "contato pessoal", quando o magistrado sai de uma sala vip para tirar o filho da área externa onde ocorria o desentendimento.
A defesa alega que o empresário e sua família não sabiam que se tratava do filho de Moraes até desembarcarem no Brasil e serem abordados pela Polícia Federal. No domingo, o genro de Mantovani, Alex Zanatta Bignotto, também foi ouvido pela PF.
Relembre o caso
Moraes afirmou ter sido hostilizado por três brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma. O episódio teria ocorrido por volta das 18h45 da sexta-feira (horário local, 13h45 em Brasília). O ministro estava na Itália para participar do Fórum Internacional de Direito.
O ministro foi chamado de "bandido, comunista e comprado", conforme a investigação. As palavras teriam vindo de Andreia. Advogados criminalistas afirmaram ao UOL que os brasileiros podem responder por crimes de injúria e agressão.
O filho de Moraes chegou a ser agredido fisicamente, segundo a PF. As agressões teriam partido de Mantovani Filho.
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