Lula diz que policiais não podem ter partido: 'Carreira do Estado'
O presidente Lula (PT) disse, durante discurso hoje, que "policiais não podem ter partido". O petista assinou decreto que prevê novas regras para aquisição e porte de armas e munições no Brasil.
O que aconteceu
Lula defendeu "desmontar" a atuação política de policiais. "Vocês não podem ter partido. Se vocês querem ter partido, tenham no dia da eleição para votar, mas não podem agir em benefício de um ou de outro, porque são carreiras de Estado".
O presidente disse que o Brasil foi "impregnado" por essa cultura. "E nós precisamos desmontar, colocando mais civilidade nas pessoas, na polícia".
Durante o discurso, Lula também criticou o aumento da compra de armas por civis. "Uma coisa é um cidadão ter arma em casa de proteção, de garantia, que a tenha, mas a gente não pode permitir que haja arsenal de armas na mão de pessoas. [...] Quem tem que está bem armado são as polícias brasileiras, Forças Armadas".
Assinatura de decreto
Decreto assinado hoje pelo presidente Lula (PT) cria novas regras para aquisição e porte de armas e munições no Brasil. As principais alterações no PAS (Programa de Ação na Segurança) miram os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), com restrições a clubes de tiro e fiscalização agora nas mãos da Polícia Federal.
O novo decreto de armas é uma promessa de campanha do petista. O objetivo era reverter as flexibilizações propostas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
O governo federal decidiu por diminuir o número de armas, munições e calibres restrito autorizados a serem utilizados por CACs. Pelas novas normas, o número de armas por pessoa cai de 60 para 16.
Agora, a PF passa a fiscalizar e monitorar os registros de armas. No governo Bolsonaro, o Exército era o responsável.
Clubes de tiro também terão nova regulação de horário e não poderão funcionar 24 horas. O horário limite vai ser às 22h. Esse tipo de unidade não poderá funcionar próximo de escolas.
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