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Justiça manda Jean Wyllys apagar post contra Eduardo Leite

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou hoje que o ex-deputado Jean Wyllys (PT) apague das redes sociais a publicação em que chamou o governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), de "gay com homofobia internalizada".

O que aconteceu

Publicação extrapola crítica ao governo e pode ser considerada ataque pessoal à sexualidade de Leite, considerou a juíza Rosália Huyer, da 2ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre.

Ex-deputado ofendeu a dignidade e decoro do governador gaúcho, diz a decisão. "Jean Wyllys afasta-se do direito constitucional de liberdade de expressão, ingressando em seara ofensiva à pessoa do governador", segundo a magistrada.

Juíza mandou Jean Wyllys apagar o post, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia. Ela pediu ainda a quebra do sigilo de dados do petista para apurar se houve crime contra a honra.

A defesa do ex-deputado disse não ter sido notificada da decisão. "De toda forma, Jean é um democrata e, portanto, seguirá a determinação judicial", disse o advogado Lucas Mourão.

Wyllys e Leite discutiram nas redes sociais

Em 14 de julho, o ex-deputado criticou o governador por manter as escolas cívico-militares no Estado, após decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de revogar o programa em nível federal.

"Que governadores héteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay...? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então... Tá feio, bee [gíria para homem homossexual]", escreveu o ex-deputado.

O comentário foi rebatido pelo governador. "Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções, e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wyllys, eu lamento a sua ignorância", disse.

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