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PCC chegou a alugar sítio para manter Moro em cativeiro, diz revista

O PCC (Primeiro Comando da Capital) alugou um sítio a 48 km de Curitiba para manter Sergio Moro (União) em cativeiro em um plano organizado no início deste ano e descoberto pela PF (Polícia Federal), mostrou a revista Veja nesta sexta-feira.

O que aconteceu:

O PCC escolheu uma chácara na periferia de Curitiba como parte do plano de sequestro do senador Moro. As informações são da revista Veja, que teve acesso à íntegra da investigação sigilosa da PF que culminou com uma operação em março deste ano.

A propriedade tinha um muro de 3 metros de altura, arame farpado e o único acesso era feito por um portão de ferro. A vizinha mais próxima, uma senhora de quase 80 anos, estava a 200 metros de distância.

Para chegar no local, era preciso percorrer uma estrada de terra de 18 km. O único ponto negativo era a presença de câmeras de segurança.

Uma mulher identificada como Luana procurou a dona da chácara, Tânia Castro, por meio de um app de mensagens e ofereceu pagar dez diárias. "Coloquei logo um preço bem alto na diária para que a cliente desistisse, mas ela topou".

Luana exigiu que o pagamento fosse feito em dinheiro vivo e que ninguém aparecesse no imóvel enquanto ela estivesse no local.

No dia seguinte à ocupação da casa, as câmeras de segurança foram desligadas e a central de armazenamento das imagens, instalada em um poste a 5 metros de altura, desapareceu.

A proprietária Tânia Castro ficou preocupada e decidiu ir ao local com um amigo policial. Ela não encontrou ninguém no local, apenas restos de uma refeição.

Eu poderia ter morrido no instante em que entrei de volta na minha própria chácara. Só soube que aquele pessoal era do PCC tempos depois, quando um delegado federal me telefonou para pedir que fizesse o reconhecimento de uma das pessoas envolvidas.
Tânia Castro à revista Veja

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O UOL procurou a assessoria de imprensa de Sergio Moro. Nas redes sociais, o senador afirmou que "em reação, trabalho na Comissão de Segurança do Senado, pelo endurecimento das leis contra o crime organizado e o crime em geral".

Em março, a PF prendeu nove pessoas que participaram do planejamento do sequestro de Moro. O PCC queria sequestrar Moro para negociar a transferência de Marcos Camacho, o Marcola, líder da organização, para o sistema prisional estadual de São Paulo.

Segundo a PF, o plano do PCC era sequestrar Moro no dia 30 de outubro, data do segundo turno das eleições, no momento que ele deixasse o local de votação. Na época, Moro estava sem aparato de segurança.

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