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Silvio Almeida aciona ouvidoria para acompanhar mortes por PMs na Bahia

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para acompanhar as apurações das mortes cometidas por policiais na Bahia. Na última semana, ao menos 30 pessoas foram mortas pela PM.

Intervenções policiais que resultam em números expressivos de mortes não são compatíveis com um país que se pretende democrático e em consonância com os Direitos Humanos.

Silvio Almeida, em nota

O que aconteceu?

A Bahia, chefiada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), lidera o ranking de mortes por membros das forças de segurança, com um salto de 313% nos últimos anos, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

A política de segurança atual é vista como uma sequência da gestão do ex-governador e, hoje, ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), conforme mostrou o UOL. Isso contrasta com as propostas do próprio governo Lula.

Silvio Almeida afirma que tem mantido contato com o governador Jerônimo sobre os assassinatos.

Ações deixam mortos

Na Bahia, as mortes ocorreram nos municípios de Camaçari e Itatim e no bairro de Cosme de Farias, em Salvador. Dados do Instituto Fogo Cruzado mostram que apenas neste ano foram 64 trocas de tiros que resultaram em 42 pessoas mortas e nove feridos na região metropolitana.

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A ação policial foi contra as facções que disputam territórios e o controle do tráfico. As principais são Bonde do Maluco (BDM) e Comando da Paz (CP). Contudo, membros do PCC e CV tem migrado para o estado e também brigam pelo controle das regiões.

A palavra letalidade não pode estar na mesma frase que 'eficiência e produtividade'. Em Salvador e na região metropolitana, o Estado tem provocado 35% dos tiroteios. As pessoas temem pelas suas vidas. A violência impõe o silêncio.
Dudu Ribeiro, coordenador da Rede de Observatórios da Segurança da Bahia

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia se defende alegando que "casos de intervenção policial com resultado morte apresentaram redução de 5,8% no primeiro semestre de 2023".

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