Kennedy: Bolsonaro usou Caixa como instrumento para tentar roubar eleição
O colunista do UOL Kennedy Alencar falou durante participação no UOL News desta quinta-feira (10) a respeito do crédito consignado do Auxílio Brasil, concedido pela Caixa Econômica Federal entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2022.
Na segunda-feira, o UOL mostrou que uma funcionária do banco, que já foi dispensada, é uma das envolvidas na ocultação de informações sobre riscos e perdas nessa operação.
Obviamente que quando você manda um documento todo tarjado, coberto, você está querendo esconder o que fez na eleição passada, no verão passado. A gente sabe, o Bolsonaro usou a Caixa como instrumento para tentar roubar a eleição.
Kennedy afirmou que o presidente mandou o banco estatal agir fora dos padrões ao oferecer crédito consignado em cima de um benefício dado durante a pandemia.
Não havia nenhuma substância, fundamentação técnica para agir assim. Era só o interesse político de comprar voto e tentar mudar o resultado da eleição, tentar roubar a eleição. É o que o Bolsonaro tentou fazer.
Kennedy: Zanin estreou bem no STF e fez voto importante
Kenedy Alencar também comentou a respeito da estreia do ministro Cristiano Zanin no STF (Supremo Tribunal Federal). Zanin declarou seu voto e disse estar convicto da necessidade do juiz das garantias.
A gente viu a estreia do Zanin, um pouco nervoso, precisando ganhar ritmo de jogo. Acompanhei parte da sessão e ele estreou bem, estreou com um voto importante e correto.
Kennedy também comentou a respeito do juiz de garantias, afirmando ser algo importante para o país.
Acho um avanço para o Brasil a instituição do juiz de garantia, os países moderno têm isso. É um juiz que acompanha a parte da investigação policial e do trabalho do Ministério Público até o oferecimento da denúncia.
Kennedy não vê Silvinei aceitando delação: mais coerente seguir com negação
Kennedy Alencar também comentou a respeito dos depoimentos de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, preso na manhã de ontem acusado de tentar influenciar o resultados das eleições de 2022. Kennedy afirmou que Silvinei demonstrou arrogância e mentiu durante o depoimento.
Pelo depoimento que ele deu, com a arrogância que utilizou, inclusive mentindo sobre dados da operação da Polícia Federal, me parece mais coerente no primeiro momento a negação. Ele acabou de ser preso, as evidências contra ele são muito grandes, as reuniões que fez com a cúpula da PF, as operações feitas no Nordeste para tentar evitar que os eleitores do Lula votassem no segundo turno no dia 30 de outubro, isso é tentativa de fraudar a eleição, é um crime contra a democracia.
Para Kennedy, Silvinei agiu como miliciano ao comandar as operações no Nordeste.
A PRF, que é uma instituição de Estado, não pode ser uma polícia de governo, de partido, de um individuo, de um politico, de uma facção. E, no caso, o Silvinei agiu como miliciano, como facção política. A gente não pode admitir.
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