Em imagem, PF mostra ligação de Bolsonaro com venda de relógios por Cid
Um organograma feito pela Polícia Federal apontou a ligação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com a venda ilegal de joias e objetos de valor feita por seus assessores. O ex-ajudante de ordens do político, Mauro Cid, o advogado Frederik Wassef e outras duas pessoas foram alvos de operação hoje sobre o caso.
O que aconteceu:
A PF apontou que as peças vendidas ilegalmente eram presentes dados a Bolsonaro por autoridades estrangeiras. Em relatório, são citados dois relógios — um Rolex Day-Date 18946, produzido em ouro branco, e um da marca Patek Philippe, cujo valor era de US$ 51.665 (o equivalente a R$ 252 mil na cotação atual).
Segundo a PF, foram encontradas fotos da última peça no computador de Cid, assim como o certificado de origem.
A imagem contendo os dados do relógio Patek Philippe foi encaminhada a um contato cadastrado como "Pr Bolsonaro" em novembro de 2021. Na ocasião, ele viajava com a comitiva de Bolsonaro e estava em Manama, capital do Bahrein.
Cid viajou para a Pensilvânia (EUA) para vender os relógios em junho de 2022. Segundo a PF, ele se deslocou até a sede da loja Precision Watches, na cidade de Willow Grove, e concretizou a venda do Rolex e do Patek Philippe pelo valor de US$ 68 mil (cerca de R$ 332 mil).
Cid estava nos Estados Unidos acompanhando Bolsonaro na Cúpula das Américas naquele mês, mas não voltou com a comitiva para fazer essa viagem à Pensilvânia.
O valor foi depositado na conta bancária do pai de Cid, o general Mauro Cesar Lourena Cid, segundo a PF. Ele foi alvo de busca e apreensão na ação de hoje.
Diante do exposto, os elementos de prova colhidos apontam que Mauro Cid, após se desligar da comitiva presidencial no dia 13 de junho de 2022, viajou de Miami até a cidade de Willow Grove, no estado Pensilvânia/EUA. Na cidade se dirigiu até a sede da loja PRECISION WATCHES e efetivou a venda do relógio ROLEX DAY-DATE, que integrava o denominado "KIT OURO BRANCO", presenteado ao ex Presidente da República Jair Bolsonaro, quando de sua visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. Após efetivar a venda do referido relógio, juntamente com o relógio da marca Patek Philippe, o montante de US$ 68.000,00 foi depositado, no mesmo dia, na conta bancária de Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cesar Barbosa Cid Trecho de relatório da PF
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