Moraes determina que PF avalie investigação de Gonçalves Dias por 8/1
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou o ofício sobre a atuação do general Gonçalves Dias no 8 de janeiro para a Polícia Federal.
O que aconteceu:
Moraes acatou um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para avaliar se GDias, à frente do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) no dia dos atos antidemocráticos, será investigado e determinou que a PF tome "as providências cabíveis".
As suspeitas sobre o ex-ministro se intensificaram após surgirem imagens dele no 8 de janeiro sem dar voz de prisão aos que depredavam o Palácio do Planalto. Ele ficou na liderança do GSI de 1º de janeiro a 19 de abril.
O general nega ter cometido prevaricação e já foi escutado na CPI do 8 de Janeiro no Congresso, quando declarou que não tinha conhecimento do risco de manifestações golpistas.
Na CPI dos Atos Antidemocráticos do DF, o ex-ministro alegou que não teve acesso a relatórios da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) antes dos atos e indicou que houve manipulação de documentos enviados ao Congresso Nacional. "[O material] Não condizia com a realidade."
No entanto, uma reportagem do colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, publicada hoje, apontou que, em 6 de janeiro, o então ministro do GSI enviou uma mensagem à Abin avisando que atos violentos poderiam acontecer. Isso contradiz os depoimentos dele.
GDias teria ignorado 11 alertas no dia 7 de janeiro, inclusive um relatório que indicava a chegada de caravanas com 2,5 mil pessoas a Brasília para a mobilização "Tomada do Poder".
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