Conteúdo publicado há 10 meses

Lula diz aguardar investigação rigorosa de assassinato de líder quilombola

O presidente Lula (PT) lamentou a morte da líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, assassinada a tiros na noite de ontem na Bahia, e disse que aguarda "investigação rigorosa" do caso.

O que aconteceu

Lula prestou solidariedade a amigos e familiares de Maria Bernadete. "Bernadete Pacífico foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial na cidade de Simões Filho e cobrava justiça pelo assassinato do seu filho, também um líder quilombola", disse.

Janja expressou consternação pelo assassinato. "É com profundo pesar e consternação que expresso minhas mais sinceras condolências pelo brutal assassinato da Mãe Bernadete Pacífico, ocorrido na Bahia na noite de ontem. Toda minha solidariedade aos familiares e à comunidade", escreveu a primeira-dama nas redes sociais.

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania enviou uma equipe ao estado para investigar a morte da líder quilombola. A comitiva foi enviada "para que todas as providências necessárias sejam tomadas", afirmou a pasta em nota. "Que as autoridades consigam com celeridade encontrar os culpados e que esses sejam punidos com o total rigor da Lei", diz o comunicado.

Maria Bernadete foi morta a tiros no Quilombo Pitanga dos Palmares. Criminosos teriam invadido o terreiro da comunidade, feito familiares reféns e executado a líder quilombola com disparos de arma de fogo.

Ela é mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, assassinado há quase seis anos, no dia 19 de setembro de 2017. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, determinou que as polícias Militar e Civil sejam firmes na investigação.

Em nota, a Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas) exigiu que o Estado brasileiro tome medidas imediatas para a proteção das lideranças do Quilombo de Pitanga de Palmares. A Polícia Federal informou que vai apurar o caso. Segundo a PF, a investigação ficará sob sigilo.

"A família Conaq sente profundamente a perda de uma mulher tão sábia e de uma verdadeira liderança. Sua partida prematura é uma perda irreparável não apenas para a comunidade quilombola, mas para todo o movimento de defesa dos direitos humanos", disse a entidade.

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