Jair Renan é citado em email sobre presentes dados à Presidência
Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, é citado em um email obtido pela CPI do 8 de janeiro sobre a busca por presentes dados à Presidência. A informação foi noticiada pela GloboNews e confirmada pelo jornalista do UOL Diego Sarza.
O que aconteceu:
O email cita apenas o nome "Renan", mas integrantes da CPI que investiga os atos golpistas informaram que se trata do filho do ex-presidente.
O texto diz que Jair Renan deverá selecionar e informar quais presentes deseja levar. O Gabinete de Documentação Histórica - que mantém itens como joias - informaria ao chefe de gabinete do então presidente quais presentes foram selecionados. Os itens escolhidos só seriam retirados após autorização de Bolsonaro.
O email é trocado entre Carlos Henrique Holzschuk, Osmar Crivelatti e Adriano Alves Teperino. Os três são ex-ajudantes de Ordem da Presidência da República.
A mensagem é datada de 12 de julho do ano passado. "Apanhou os presentes hoje, 12/07/2022", diz o texto.
O UOL tenta contato com os envolvidos sobre o assunto. Caso haja resposta, o texto será atualizado.
Busca e apreensão
Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, é um dos alvos da operação Nexum, deflagrada hoje pela Polícia Civil do Distrito Federal contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Os policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão, e dois de prisão em Brasília e em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Dois mandados em dois endereços seriam ligados a Jair Renan: um apartamento em Santa Catariana e outro no Sudoeste, em Brasília. O celular, HD e papéis com anotações eleitorais do filho do ex-presidente foram apreendidos.
O principal alvo da operação seria o suposto mentor do esquema, que já foi alvo de duas outras ações da Polícia Civil do DF neste ano, a Operação '"Succedere" e "Falso Coach". Maciel Carvalho, 41, era instrutor de tiro de Jair Renan, e foi preso janeiro deste ano.
O advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, disse à colunista do UOL Juliana Dal Piva que o cliente está tranquilo. "Temos que olhar o assunto por dentro porque o alvo é outra pessoa que era instrutor de tiro do Renan. Qualquer um pode ser alvo de falsificação", afirmou o advogado que assumiu o caso nesta quinta-feira. "Renan está tranquilo", completou.
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