Familiares de vítimas da boate Kiss lamentam decisão do STJ: 'Impunidade'

Familiares das vítimas do incêndio na boate Kiss lamentaram, em nota divulgada nesta terça-feira (5), a decisão do STJ que manteve anuladas as condenações dos réus do caso, que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos em janeiro de 2013.

O que aconteceu

A AVTSM (Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria) publicou um comunicado lamentando o resultado no STJ. O texto fala em "mais uma decepção com o judiciário brasileiro", e questiona "até quando a impunidade vai servir à injustiça".

Por 4 votos a 1, a sexta turma do STJ manteve a anulação do tribunal do júri do acusados, realizado em dezembro de 2021. Com isso, os quatro réus continuarão em liberdade pelo menos até o novo julgamento, marcado para dezembro.

O primeiro julgamento foi anulado em agosto do ano passado, pelo TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul). A decisão levou, à época, à soltura dos quatro réus, que haviam sido condenados a penas entre 18 e 22 anos e seis meses de prisão.

O STJ rejeitou um recurso Ministério Público do Rio Grande do Sul, que defendia a validade do júri de 2021. O MP-RS pode recorrer da decisão ao STF, mas é próvável que esse recurso não seja julgado antes do novo júri, daqui a cerca de 3 meses.

Mais uma decepção com o judiciário brasileiro. Nesta terça-feira, 5, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a anulação do júri do Caso Kiss. Com isso, os quatro réus, Mauro Londero Hoffmann, Elissandro Callegaro Spohr, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, continuam em liberdade e um novo julgamento será marcado. Até quando a impunidade vai servir à injustiça? Foram 242 vidas roubadas, 636 jovens que sobreviveram àquela noite marcada pela ganância e horror. São famílias destruídas, pais e mães que 10 anos depois ainda lutam e esperam pela justiça
Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria

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