Advogado de Lula: Moro e Dallagnol precisam ser processados criminalmente
O advogado Luiz Carlos da Rocha, que integrou a defesa do presidente Lula (PT) quando ele esteve preso em Curitiba, disse no UOL News que o senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol precisam ser julgados.
Nesta quarta-feira (4), o ministro do STF Dias Toffoli decidiu anular todas as provas obtidas a partir de delações da Odebrecht e considerou a prisão do presidente Lula (PT) "um dos maiores erros judiciários da história do país".
Rocha relembrou o dia em que o desembargador plantonista do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) Rogério Favreto determinou a libertação de Lula.
Eles [Moro e Dallagnol] precisam ser processados criminalmente. Cito sempre o episódio que foi a liminar do desembargador Favreto, que mandou soltar o presidente Lula em um habeas corpus. Fiquei o dia todo na Polícia Federal e presenciei as mais absurdas violações de garantias de um preso.
Moro e Dallagnol atuando em processos que nem eram mais da competência deles, porque já estava na vara de execuções. Moro intervia diretamente junto ao delegado responsável pelo cumprimento do mandado para impedir o cumprimento da ordem judicial. Isso foi naturalizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que não puniu o Moro.
Para o advogado, Moro e Dallagnol precisam ser julgados.
Não vou dizer que eles precisam ser presos ou condenados, mas tem que ser objeto de escrutínio criminal. O que vimos ali foi a formação de uma quadrilha, do juiz atuando em parceria e fazendo trapaças com o promotor para prejudicar a defesa, isso não pode ser tido como uma coisa normal.
Se tudo que presenciamos for provado em um processo criminal, eles têm que ser condenados e cumprir pena.
Rocha ainda classifica o processo contra Lula como um "bullying judicial".
Em um primeiro momento, visava afastá-lo da eleição de 2018 e, em um segundo momento, torná-lo inelegível e avançar na proscrição do PT.
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