Múcio: Forças Armadas devem ir do patamar 'suspeito' para 'parceiro'
O ministro da Defesa, José Múcio, defendeu que as Forças Armadas tomem providências para eliminar uma "suspeição" sobre os órgãos militares desde os atos do 8 de janeiro e cobrou que a CPMI aponte nomes de responsáveis.
O que aconteceu
Múcio diz querer superar "suspeição absolutamente coletiva" sobre os integrantes das Forças. A declaração foi feita durante uma entrevista concedida ao podcast Dois + Um, do jornal O Globo.
Militares impediram golpe ao não acompanharem apelos de bolsonaristas. Para o ministro, seria "fácil" para os militares justificarem um apoio a uma tomada do poder: "Aqui era muito fácil: o povo foi na frente. Os militares poderiam dizer que estavam acompanhando o que o povo queria".
7 de Setembro deve voltar a ser um desfile, e não um movimento político, argumentou Múcio. "Evidentemente que nós não esperamos fazer um 7 de setembro do tamanho dos dois últimos, visto que não tivemos uma parada de 7 de setembro, tivemos dois grandes comícios", disse.
CPMI deve apontar os responsáveis pela conivência com impulsos golpistas. Ministro foi questionado a respeito da colaboração de militares com o hacker Walter Delgatti, que disse ter sido enviado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para questionar técnicos a respeito das urnas eletrônicas.
Ninguém torce mais que apareçam nomes do que nós. Houve uma aura de suspeição absolutamente coletiva. Precisamos desses nomes para que sejam punidos, e estamos carentes dessas informações porque queremos mostrar à sociedade que não concordamos com tudo aquilo.
José Múcio, ministro da Defesa
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