Backup de registros de entrada não lista visita de Delgatti na Defesa
Um backup dos registros de entrada recuperado pelo Ministério da Defesa não lista a visita do hacker Walter Delgatti Netto às dependências da pasta ao longo do ano passado.
O que aconteceu
Planilha registrou 7,5 mil visitas ao ministério em 2022. Segundo documentos obtidos pelo site Metrópoles via LAI (Lei de Acesso à Informação), nesse período, o nome de Delgatti não aparece na lista de pessoas que entraram no prédio.
Em pedido anterior, a Defesa disse que não tinha dados anteriores a fevereiro de 2023. Agora, porém, a pasta disse que conseguiu recuperar os registros mesmo após o sistema utilizado ter sido descontinuado.
Defesa diz não ter vídeos de hacker no ministério
O Ministério da Defesa disse à CPMI dos ataques de 8 de janeiro que não tem mais imagens de quando Delgatti Neto esteve no edifício-sede da pasta para acompanhar reuniões sobre a confiança das urnas eletrônicas.
A pasta comandada por José Múcio Monteiro afirmou que os vídeos já foram apagados. Segundo a Defesa, as remoções foram feitas porque o tempo de retenção de 30 dias delas já passou.
Capacidade de armazenamento também tem sofrido redução, disse o ministério. Isso porque os arquivos estariam ocupando mais espaço devido à qualidade e à quantidade de imagens, o que exige que o sistema seja reiniciado "a cada 15 ou 20 dias".
O Palácio do Planalto também alegou "capacidade limitada de armazenamento". A resposta foi dada à CPMI porque, além da Defesa, o requerimento da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também pedia imagens do edifício-sede do Executivo.
Delgatti prestou depoimento dizendo que participou de reunião com Bolsonaro. Nesse encontro, o hacker disse que o ex-presidente prometeu a ele um indulto se ele cometesse o crime de tentar fraudar as urnas. Também teria sido pedido a ele um grampo no ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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