Conteúdo publicado há 9 meses

Derrite apaga post de maconha com adesivo de Lula após ação da AGU

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, apagou uma postagem nas redes sociais de pacotes de maconha com fotos do presidente Lula (PT) após uma notificação da Advocacia-Geral da União.

O que aconteceu?

A AGU encaminhou uma notificação extrajudicial para remoção da imagem. Na postagem publicada por Derrite, tijolos de maconha aparecem com adesivos do rosto do presidente Lula e a frase "FAZ O L". O post de Derrite diz que "um casal foi preso em Euclides da Cunha Paulista trazendo grande quantidade de maconha de Ponta Porã (MS) a São Paulo.

Derrite disse quem 'em nenhum momento objetivou associar' a imagem de Lula ao tráfico de drogas. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo disse a publicação foi apagada por conta da notificação da AGU e que o secretário "seguirá dando publicidade a grandes apreensões de cargas ilícitas".

AGU viu caráter político na postagem e pediu "imediata remoção". A notificação advertia que, "em caso de não cumprimento do pedido, a AGU adotará as medidas judiciais cabíveis para reparar o ato e responsabilizar o agente público pela conduta".

O secretário da Segurança Pública Guilherme Derrite esclarece que apagou a publicação em questão por conta de uma notificação extrajudicial da Advocacia Geral da União e que seguirá dando publicidade a grandes apreensões de cargas ilícitas no Estado de São Paulo. Ressalta que em nenhum momento objetivou associar a imagem do presidente da República ao tráfico de drogas, mas enaltecer o bom trabalho dos agentes públicos no impedimento de que entorpecentes acessem o Estado de São Paulo via fronteiras.

Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, em nota

Quem é Guilherme Derrite

Derrite é alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Deputado federal licenciado por São Paulo, eleito pela primeira vez em 2018, Derrite é policial militar da reserva da PM paulista. Ele atuou na Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), batalhão especial da PMSP.

Sua escolha para chefiar a pasta gerou críticas à gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em 2015, em um áudio revelado pelo portal Ponte Jornalismo, Derrite disse que "o camarada trabalhar cinco anos na rua e não ter três ocorrências [morte por intervenção policial]" é "vergonhoso".

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