Conteúdo publicado há 8 meses

MP-SP vai investigar ex-assessora de Anielle demitida por ofensa a torcida

O MP de São Paulo vai investigar Marcelle Decothé da Silva, ex-assessora da ministra Anielle Franco demitida após ofender a torcida do São Paulo durante a final da Copa do Brasil.

O que aconteceu

A promotoria vai examinar a conduta da ex-assessora para ver em qual tipo de crime a atitude pode ser enquadrada. Marcelle reclamou da "torcida branca" do clube paulista no Instagram. Ela estava no Morumbi no domingo (24) para acompanhar Anielle na assinatura de um protocolo do governo federal contra o racismo no esporte.

Marcelle Decothé da Silva era chefe da assessoria especial do Ministério da Igualdade Racial. Em nota dois dias após o ocorrido, a pasta informou que exonerou a funcionária para "evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interfiram no cumprimento de nossa missão institucional".

O comunicado de exoneração disse ainda que as manifestações públicas da servidora em suas redes estão "em evidente desacordo com as políticas e objetivos do MIR".

Com nove meses de atual gestão e um legado de luta de muitas e muitos que constroem as políticas de enfrentamento ao racismo no país, reerguemos a agenda de ações afirmativas e colocamos em prática medidas fundamentais de inclusão e valorização da população negra. Esta é uma luta que se configura como compromisso de governo e política de Estado, por isso seguiremos realizando as transformações sociais que a sociedade brasileira e os povos negros, quilombolas e ciganos almejam, prezando pela boa conduta das servidoras e servidores que compõem o nosso quadro.
Trecho de comunicado da pasta

Marcelle recebia R$ 17,1 mil por mês. Ela entrou no governo no dia 7 de fevereiro último, quando ganhou um cargo comissionado executivo para trabalhar 40 horas semanais como chefe da assessoria especial. Embora trabalhasse no ministério da Igualdade Racial, ela foi oficialmente contratada pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, segundo o Portal da Transparência do governo federal.

Apesar do salário bruto de R$ 17,1 mil, em junho ela embolsou R$ 30.085,26. O valor se refere aos adicionais de R$ 7,8 mil de "gratificação natalina" e R$ 9,6 mil de "outras remunerações eventuais".

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