Conteúdo publicado há 8 meses

Bolsonarismo no agronegócio já foi muito mais forte, diz ministro

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que há bom diálogo entre o governo do presidente Lula (PT) e o agronegócio, e que houve uma redução na fatia do setor que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Fávaro foi o convidado do UOL Entrevista desta quarta-feira.

O que ele disse

"Tem [essa força bolsonarista no agronegócio], mas ela já foi muito mais forte", afirmou o ministro. Fávaro contou que Lula atribuiu a ele a tarefa de reestabelecer a conexão com o setor. "Um dos vieses é relembrar dos governos Lula 1, Lula 2, quando houve um grande avanço brasileiro na produção de alimentos", disse.

Nós começamos o governo, sim, com um viés ideológico [...], mas nada supera o trabalho. A hora que a gente começa a ter o bom diálogo, o presidente Lula tendo ações concretas, a gente vem arrebanhando, falando, mostrando que a política pública vem acontecendo em prol da continuidade do desenvolvimento.
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura

O ministro citou o maior Plano Safra da história, e disse que o restabelecimento da diplomacia abriu novos mercados, como a exportação de carne bovina para o México e de frango para Israel.

Isso tudo está mostrando aos produtores e produtoras que o governo apoia o [setor] agropecuário. A próxima eleição é lá em 2026, lá todo mundo tem direito de ter democraticamente seu candidato, mas agora é hora de trabalhar, e eu percebo uma unidade muito grande do setor em torno das políticas públicas.
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura

Eleição na Argentina: 'É muito mais difícil conversar com quem não quer'

Fávaro também comentou a eleição presidencial na Argentina. O segundo turno é disputado entre o governista Sergio Massa e o opositor ultraliberal Javier Milei. "É muito mais difícil falar com quem não quer conversar", disse, em alusão a falas de Milei contrárias ao governo Lula.

O ministro afirmou que o governo respeita a escolha do povo argentino. "Eu não estou aqui dizendo que a gente tem preferência por A ou por B. É óbvio que com quem a gente tem um bom diálogo é um facilitador da implementação de políticas públicas bilaterais, mas o importante é respeitar a decisão soberana do povo argentino nas urnas."

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