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Grande vilã foi a queda de árvores, diz Tarcísio sobre falta de luz em SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), definiu a queda de árvores como a grande vilã da falta de luz que atingiu mais de 2 milhões de moradores do estado após uma tempestade na última sexta-feira (3).

O que aconteceu

Tarcísio definiu como "questão arbórea" a queda de árvores em cima da fiação elétrica, e disse que uma prevenção nesse setor pode ser efetiva frente os próximos eventos extremos que venham a ocorrer em São Paulo.

"O plano de manejo arbóreo é, talvez, uma das soluções mais baratas, efetivas, e é uma coisa que a gente pode fazer imediatamente", disse Tarcísio durante uma entrevista a jornalistas, concedida após reunião com representantes de agências reguladoras e concessionárias.

O governador disse que gestão vai "estruturar" o tema, mas não deu mais detalhes sobre como pretende fazê-lo com as prefeituras.

O grande vilão desse episódio foi a questão arbórea. Foi a questão da quantidade de árvores que, por falta de manejo adequado acabaram caindo sobre a rede. Então, a gente precisa de um plano conjunto de manuseio arbóreo.
Tarcísio de Freitas, governador de SP

Participaram da reunião representantes da CPFL, Enel Brasil, Energia Sul e Sudeste, EDP Brasil e Neoenergia Elektro. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o presidente da Alesp, André do Prado (PL), também marcaram presença.

Durante a reunião, ficou acordado que as empresas devem priorizar a normalização de energia nas cidades, mas também estruturarem planos de contingência para eventos futuros.

Mais cedo, Tarcísio havia afirmado que a ideia é sugerir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que a concessionária faça o ressarcimento de moradores e comerciantes afetados pelo apagão.

O governador, que pretende avançar com a privatização da Sabesp ainda neste ano, defendeu que o contrato feito para o processo não será "frouxo", diferente do acordo de concessão federal do serviço de distribuição de energia elétrica, argumentou.

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A gente tem que entender que esses contratos da energia elétrica já são contratos bem mais antigos, né? São licitações que foram feitas lá atrás, você não tem lá uma clareza de metas, uma clareza de servidões por parte concessionária, então isso não tá claro como estará no contrato da Sabesp, por exemplo.

Imóveis seguem sem luz

Pelo menos 300 mil imóveis continuavam sem luz em todo o estado na noite desta segunda-feira (6), e concessionárias foram cobradas pelo governador devido à demora para o restabelecimento dos serviços.

Em nota, a Enel informou que restabeleceu a energia para 85% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira. "Até o momento, cerca de 1,8 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de 2,1 milhões afetados na última sexta-feira", diz o texto.

A empresa ressaltou que "o vendaval que atingiu a área de concessão no dia 3 de novembro foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição".

Ainda de acordo com o comunicado, "os profissionais da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para quase a totalidade dos clientes até esta terça-feira (7/11), conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo".

*Com informações da Agência Estado

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