Moraes: Consequência da corrupção foi volta da 'extrema direita com ódio'

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que a corrupção vivenciada no país nos últimos anos teve como consequência o retorno de uma "extrema direita com ódio".

O que aconteceu

Moraes afirmou ainda que a corrupção no Brasil é uma "chaga" que corrói a democracia. O ministro relembrou que o país viveu um "abalo sísmico no mundo político" após a descoberta de diversos casos de corrupção. Isso teria criado um vácuo.

"Esse vácuo deixado teve a consequência do retorno da extrema direita com ódio no Brasil", afirmou em simpósio do Ministério Público Federal nesta manhã.

Esse vácuo gerou uma situação de uma polarização, ódio e o surgimento, não só no Brasil, de uma extrema direita com sangue nos olhos e antidemocrática também.
Alexandre de Moraes, ministro do STF

O ministro defendeu que é preciso "aprender com erros". "Temos que nos perguntar por que chegamos a este ponto em que a corrupção perdeu a vergonha na cara e todos os sistemas preventivos falharam", continuou.

Moraes comentou ainda a necessidade de garantir mais segurança ao Ministério Público e ao Judiciário no combate à corrupção. O ministro citou que investigações que miram o tráfico de drogas e milícias provocam reações violentas, diferentemente do mundo político.

O mundo político foi atingido, o mundo político foi pego com a mão na massa, mas o mundo político não matou ninguém. A reação do mundo político é outro tipo de reação. A reação da corrupção deste mundo, do tráfico de drogas, das milícias, do jogo do bicho, do jogo das maquininhas, a reação é violenta.
Alexandre de Moraes, ministro do STF

O ministro citou que, embora com suas particularidades, a corrupção política e o crime organizado possuem as mesmas finalidades e mecanismos.

"São agentes públicos que tomam conta de órgãos estatais praticando a corrupção. Uns desviando dinheiro público, outros utilizando poder e influência pública para obter dinheiro ilícito para dividir e continuar com poder. Os mecanismos são os mesmos porque a finalidade é a mesma: enriquecer e manter o poder. Mantendo o poder, continuar com a corrupção", disse Moraes.

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