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Josias: Fala de Dino derrete acusação de eventual atuação política no STF

Em sua fala inicial na sabatina da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Flávio Dino sinalizou que não atuará de forma política no STF (Supremo Tribunal Federal) . A avaliação é do colunista Josias de Souza, no UOL News desta quarta (13).

Dino foi muito bem. Delimitou sua intenção de responder apenas temas técnicos, disse que já passou pelos três Poderes, portanto tem experiência, e derreteu a acusação de que pode agir politicamente no Supremo. Disse que não é o primeiro político que chega lá e que 'as togas são de uma cor só'. Ele foi muito bem em sua exposição inicial, mas evidentemente isso não evita as polêmicas que estão por vir. Josias de Souza, colunista do UOL

Josias considera que Dino passou uma série de recados aos senadores, fazendo questão de colocar-se como um par e mostrando-se contrário a decisões monocráticas de juízes. O colunista classificou o discurso do atual ministro da Justiça como competente, exaltando sua experiência nos Três Poderes e a imparcialidade caso seu nome seja aprovado para o STF.

Ele se apresentou como um dos senadores; portanto, como um colega. Dino deixou claro que não é um ineditismo a presença de um político no Supremo. Traçou as diretrizes e disse que não agirá politicamente. Deixou no ar uma mensagem de que já passou pelos três Poderes. Portanto, sabe da importância das decisões dos atos administrativos do Executivo e do valor de uma lei aprovada no Congresso.

Disse tudo o que político gosta que seja dito: vai se pautar pela Constituição e afastou esse receio de todos os políticos do Congresso de que o Supremo derrube leis com uma canetada em uma decisão monocrática de um juiz.Josias de Souza, colunista do UOL

Josias: Sabatinas simultâneas de Dino e Gonet apequenam trabalho dos senadores

Josias de Souza criticou o formato da sabatina de Flávio Dino e Paulo Gonet, indicados respectivamente ao STF e à PGR (Procuradoria-Geral da República). Os dois serão questionados ao mesmo tempo pelos senadores, o que, na visão do colunista, esvazia o propósito da sessão e impede uma melhor avaliação dos indicados.

A sabatina simultânea não está correta. Ela apequena o trabalho dos senadores porque, se fosse separada, daria mais tempo aos senadores de fazer seus questionamentos. O papel de uma CCJ do Senado nesse tipo de audiência é extrair dos candidatos todas as dúvidas em relação ao seu currículo, aos seus conhecimentos e às posições políticas. Estas sessões de sabatina têm mais espetáculo do que conteúdo. Josias de Souza, colunista do UOL

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