Lira diz que 'versão' de que Maceió afunda deve ir para a 'lata do lixo'

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamou de "versão" o afundamento de regiões da cidade de Maceió próximas à mina da Braskem em risco de colapso.

O que aconteceu

Lira disse que a capital alagoana não está afundando e essa hipótese deve ser jogada "na lata do lixo". "Queria agradecer e enaltecer a ida do ministro Celso [Sabino] e do Freixo a Maceió comigo para que a gente, de uma vez por todas, jogue na lata do lixo a versão de que a minha cidade, do meu estado, está afundando", afirmou o presidente da Câmara.

Sem citar a Braskem, deputado disse que responsáveis vão pagar. "Isso não é justo, não é correto com Maceió, e quem é responsável pelo que setá acontecendo lá isoladamente vai ter que pagar, mas necessariamente não vai ser minha cidade, meu estado, nem o povo daquele lugar", declarou ele evento do governo em Brasília.

CPI da Braskem foi instalada esta semana. O Senado instalou na quarta-feira (13) a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Braskem, que vai investigar a responsabilidade da empresa no afundamento do solo em Maceió.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi eleito para presidir a comissão. O órgão colegiado terá como vice-presidente o senador Jorge Kajuru (PSB-GO).

A escolha do nome que ficará responsável pela relatoria da CPI foi adiada para fevereiro, quando os trabalhos serão retomados. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é o mais cotado para a função. Foi ele o responsável por apresentar o requerimento e recolher os votos para a criação da Comissão.

Calheiros culpa a Braskem pela tragédia socioambiental ocorrida em Maceió. O parlamentar é pai do ex-governador de Alagoas e atual ministro dos Transportes, Renan Filho, e também é padrinho político do atual governador do estado, Paulo Dantas (MDB).

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